Governo da Guiné-Bissau estranha relatório americano sobre morte de "Nino"
O governo guineense, em comunicado publicado nesta segunda-feira, alega estranhar o relatório norte-americano acusando o líder dos militares António Indjai de ter comandado a operação de assassínio do presidente "Nino" Vieira.
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As autoridades guineenses reagiam, desta feita, ao relatório do Departamento de Estado norte-americano publicado na sexta-feira passada atribuindo a morte do antigo presidente João Bernardo Vieira (conhecido como "Nino" Vieira) em Março de 2009 a soldados sob comando de António Indjai, actual líder dos militares.
Um documento que, porém, não especificava as provas de tal acusação.
Facto lamentado pelo governo de Bissau que alega até prova em contrário manter a sua solidariedade às chefias militares do país.
Mussá Baldé, correspondente na capital guineense, dá-nos conta das linhas gerais do documento.
Mussá Baldé
Roberto Cacheu, deputado do PAIGC, no poder, e porta-voz dos familiares das vítimas dos assassínios de 2009 na Guiné-Bissau, ouvido por Miguel Martins, demonstra-se céptico quanto às acusações pesando contra Indjai mas apela a que os Estados Unidos venham a público com o fundamento da respectiva acusação.
Roberto Cacheu
Luís Vaz Martins, presidente da Liga guineense dos direitos humanos, em entrevista a João Matos, pediu também a que o governo norte-americano apresente as provas susceptíveis de envolver António Indjai no assassínio de "Nino" Vieira, ocorrido escassas horas após um atentado que vitimou mortalmente Tagmé Na Waie, ex-chefe de Estado maior das forças armadas.
Luís Vaz Martins
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