Moçambique na sexta Conferência Internacional da Via Campesina
A decorrer de 4 a 14 de Junho em Djacarta a Sexta Conferência Internacional da Via Campesina debate a problemática da violência doméstica no mundo rural.
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A Sexta Conferência Internacional da Via Campesina a decorrer em Djacarta, capital da Indonésia, cujos trabalhos vão ser encerrados na sexta-feira 14 de Junho, teve na sua agenda a questão da violência doméstica contra as mulheres no mundo rural. As dificuldades inerentes à vida no campo, segundo nos declarou a vice-presidente da UNAC(União Nacional de Camponeses) de Moçambique, Ana Paula Tauacali têm contribuido para fragilizar as mulheres.
A representante moçambicana na conferência de Djacarta também fez alusão à problemática da exploração de terras agrícolas por multinacionais no mundo inteiro, destacando o facto de que no caso particular de Moçambique, à semelhança do que já se verifica no Brasil, poderia igualmente resultar em camponeses sem terra. Nesse processo de exploração de terras aráveis por multinacionais em África, de acordo com Ana Paula Tauacali, as mulheres que vivem essencialmente da lavoura são os individúos que mais correm o risco de enfrentar problemas de sobrevivência. A vice-presidente da UNAC denunciou entre outros o ProSavana, programa impulsionado pelos governos moçambicano, brasileiro e do Japão visando o desenvolvimento da agricultura em grande escala no Corredor de Desenvolvimento de Nacala. O controverso projecto abrangerà 14 distritos do Niassa, Zambézia e Nampula, numa área de 14 milhões de hectares.
ENTREVISTA: Ana Paula Tauacali
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