Angola festeja 38° aniversário da Independência
Angola comemorou nesta segunda-feira 38 anos de independência com as celebrações oficiais a serem realizadas em Benguela, no litoral centro de Angola, com a presença do vice-presidente Manuel Vicente.
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A cerimónia oficial de celebração do 38° aniversário da independência angolana, proclamada a 11 de novembro de 1975, decorreu no Estádio de Ombaka, em Benguela, no litoral centro do país, sob o tema "Comemoremos o 11 de Novembro, promovendo a justiça social e o desenvolvimento humano".
O vice-presidente Manuel Vicente, em representação do chefe-de-Estado ausente em Espanha por razões pessoais, esteve presente e discursou exaltando a liderança de José Eduardo dos Santos, presidente angonalo há 34 anos, e sublinhado que "todas as grandes conquistas de que hoje se orgulha o nosso povo só se tornaram possíveis graças à condução clarividente dos destinos do país pelo Presidente José Eduardo dos Santos", citação da Agência Angop.
Manuel Vicente realçou ainda o que já foi alcançado 11 anos após o fim da guerra civil apontando "um salto gigantesco rumo ao progresso e à modernidade". O vice-presidente não deixaou, tadavia, de reconhecer que ainda há "muito por fazer" manifestando-se optimista em "vencer os desafios e construir uma Angola com mais saúde, educação, justiça, trabalho e pão para todos".
Conversámos com o sociólogo angolano Paulo de Carvalho que avalia as realizações sócio-económicas da independência angolana.
Paulo de Carvalho - As realizações sócio-económicas da independência
O percurso de Angola através dos seus 38 anos de independência divide-se entre conquistas e expectativas frustradas. A questão da democracia e das liberdades civis e políticas bem como a do bem-estar e da igualdade continuam a levantar críticas às autoridades angolanas manifestadas nos movimentos socias de contestação e na oposição política.
Paulo de Carvalho reconhece que a democracia angolana está ainda em construção, lamenta excessos como o encarceramento do jovem Nito Alves e considera que é necessário promover mais igualdade social.
Paulo de Carvalho - A democracia e a igualdade
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