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Angola

SME de Angola nega acusações de emissão de vistos fraudulentos

O porta-voz do Serviço de Migração e Estrangeiros de Angola desmentiu a informação que dá conta de que uma auditoria realizada pelo Ministério do Interior constatou que entre Outubro de 2012 a Outubro de 2013 o SME emitiu mais de 14 mil vistos de trabalho ilegais a cidadãos estrangeiros que tiveram de pagar entre 5 a 15 mil dólares por cada.

Passaporte angolano
Passaporte angolano
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A notícia de que uma auditoria realizada pelo Ministério do Interior ao Serviço de Migração e Estrangeiros teria detectado a emissão fraudulenta de 14 mil vistos a cidadãos estrangeiros é negada pelo porta-voz do SME, Simão Milagre, que afirma que o valor de um visto é bem inferior: " não é verdade que tenham sido facturados 90 milhões de dólares até porque o custo de um visto concedido no Serviço de Migração e Estrangeiros tem valores muito mínimos... 90 milhões de dólares não é sequer a estrutura de custos anuais da instituição, senão não enfrentaríamos os problemas que temos actualmente".

Questionado sobre a informação que dá conta da condenação de dois altos responsáveis do SME, entre eles o sobrinho do chefe de Estado angolano, Simão Milagre escusa-se a comentar o assunto: " Penso que os detalhes de uma inspecção são assuntos de tratamento interno".

O porta-voz do Serviço de Migração e Estrangeiros não vê qualquer problema na realização desta auditoria feita pelo Ministério do Interior, acrescentado que estas investigações são necessárias para o bom funcionamento da instituição.

01:30

Simão Milagre, porta-voz do Serviço de Migração e Estrangeiros de Angola

Diferente leitura faz o jornalista e activista angolano, Rafael Marques, que teve acesso ao relatório realizado pelo Ministério do Interior, relatório que foi publicado no site Maka Angola, gerido pelo mesmo: "Eles têm de desmentir, pois não vão assumir que são corruptos. Agora há aqui um problema que é preciso notar que é o tipo de punição que o próprio ministro impôs aos envolvidos... e isso é gravíssimo porque em princípio há indícios de crimes graves, e até de atentados contra a segurança de Estado e contra a soberania nacional, por causa da emissão massiva de vistos ilegais, e estes casos deviam ter sido remetidos à Procuradoria-Geral da República".

01:27

Rafael Marques,jornalista e activista angolano

 

 

 

 

 

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