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Série de ataques na Tunísia leva a fechamento da fronteira com a Líbia

Ao menos 28 jihadistas, 10 membros das forças de segurança e sete civis tunisianos morreram nesta segunda-feira (7) em uma região da Tunísia próxima à Líbia, em ataques simultâneos sem precedentes que levaram ao fechamento da fronteira. As autoridades tunisianas também anunciaram um fortalecimento das patrulhas terrestres e aéreas ao longo da fronteira comum com a Líbia, onde o caos político permitiu que os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) prosperassem.

REUTERS/Reuters TV
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Os ataques, registrados ao amanhecer, tiveram como alvo um quartel do exército, uma delegacia de polícia e um posto da guarda nacional em Ben Guerdane, uma localidade de 60.000 habitantes situada a poucos quilômetros da Líbia.

Em um balanço ainda provisório, os ministérios da Defesa e do Interior informaram que 28 jihadistas, seis guardas nacionais, um agente aduaneiro e um soldado morreram nos confrontos. Ao menos outros sete civis perderam a vida em circunstâncias não informadas.

O número de extremistas envolvidos não foi divulgado, mas as autoridades disseram que ainda havia operações "em andamento para perseguir os terroristas". "A Tunísia está no caminho da vitória contra estes grupos", proclamou o porta-voz do governo, Khaled Chaouket, na rede de televisão pública Wataniya.

Toque de recolher

As autoridades decretaram um toque de recolher em Ben Guerdane, entre as 19h00 e as 05h00 locais, e o primeiro-ministro Habib Essid, que se reuniu com o presidente Beji Caid Essebsi, pediu aos habitantes que estivessem vigilantes.

O presidente, por sua vez, condenou este ataque jihadista "coordenado" e "sem precedentes". "Os tunisianos estão em guerra contra esta barbárie e estes ratos que vamos exterminar (...) definitivamente", declarou Essebsi em declarações transmitidas pela televisão pública.

As escolas e escritórios públicos estavam fechados em Ben Guerdane, segundo testemunhas, e as forças de ordem patrulhavam as ruas e convocavam por megafone os habitantes a permanecer em suas casas, segundo um correspondente da agência AFP no local. Em alguns telhados era possível observar soldados montando guarda.

Imagens que circulam pela internet mostram alguns habitantes observando e aplaudindo os soldados. "Viva a Tunísia! Deus é grande!", gritavam enquanto ainda eram ouvidos disparos. Entre as vítimas civis dos confrontos figura um menino de 12 anos, disse à AFP um responsável do hospital da cidade, Abdelkrim Chafroud.

Além do fechamento dos postos fronteiriços por tempo indeterminado, as autoridades também bloquearam durante a manhã a estrada costeira que leva de Ben Guerdane a Zarzis (norte). A Tunísia precisa enfrentar desde a revolução de 2011 a ascensão de um movimento jihadista responsável pela morte de dezenas de policiais e soldados, assim como de turistas estrangeiros.
Este ataque simultâneo contra instalações de segurança, de uma amplitude inédita, ocorre menos de uma semana após outra operação antiterrorista na região.

(Informações da AFP)

 

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