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Brasil-África

Centro cultural brasileiro alfabetiza africanos em Cabo Verde

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O Centro Cultural Brasil-Cabo Verde (CCBCV), um espaço de promoção da língua portuguesa e da cultura brasileira e cabo-verdiana, existe há oito anos na cidade da Praia, para promover a língua portuguesa e a cultura dos dois países. Graças a ele, imigrantes africanos podem ser alfabetizados na cidade da Praia.

Fachada do Centro Cultural Brasil-Cabo Verde (CCBCV), na cidade da Praia.
Fachada do Centro Cultural Brasil-Cabo Verde (CCBCV), na cidade da Praia. Odair Santos/ RFI
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Odair Santos, correspondente da RFI em Cabo Verde

O centro é ligado ao Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty). De acordo com a diretora do local, Marilene Pereira, o espaço busca saber o que os cabo-verdianos esperam - não houve um programa pronto para ser implementado no país. “No quadro da política brasileira para a cultura, a prioridade é a promoção da língua portuguesa”, afirma. Por isso, o centro tem uma presença forte nas escolas, com cursos de escrita criativa para alunos do ensino fundamental, além de capacitação dos professores de jardins de infância.

Faz dois anos que o Centro Cultural Brasil-Cabo Verde aplica as provas Celpe-Bras, ou seja, realiza exame para obtenção do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros. Os cabo-verdianos que querem ir se formar no Brasil, no quadro do Programa de Estudante Convênio de Graduação, têm feito as provas no país. “Os diretores dos outros centros dos países africanos de língua portuguesa vieram para cá receber a formação” explica Pereira.

Imigrantes aprendem a ler a e escrever

Atualmente, o CCBCV participa do Projeto de Integração em Língua Portuguesa, PILP, pelo qual os imigrantes da costa ocidental africana, na cidade da Praia, são alfabetizados. “O projeto é a nossa menina dos olhos. Nós fazemos a alfabetização de imigrantes – a maioria vem de Guiné Bissau”, explica a diretora, esclarecendo que os guineenses são a maior comunidade africana imigrada em Cabo Verde, mas cidadãos da Guiné-Conacri e do Senegal também frequentas os cursos de alfabetização.

Diretora do centro, Marilene Pereira, afirma que filmes brasileiros fazem sucesso no país africano.
Diretora do centro, Marilene Pereira, afirma que filmes brasileiros fazem sucesso no país africano. Odair Santos/ RFI

No CCBCV, existem três turmas com alfabetizantes em língua portuguesa e professores brasileiros. Nos últimos dois anos, cerca de 70 africanos aprenderam a ler e a escrever no Centro Cultural Brasil-Cabo Verde.

A cultura brasileira merece também uma grande atenção no centro, que recebe artistas brasileiros não apenas para apresentações, como para trocas de experiências com a população local. “Todo o mundo que vem aqui sai apaixonado pelo Cabo Verde”, afirma Pereira. Até o fim do ano, por exemplo, o projeto de grafite “Ácido Project” virá do Ceará para promover oficinas no país africano.

Desde 2008, quando foi inaugurado, o espaço também exibe filmes brasileiros. “Somos a única instituição em Cabo Verde, mesmo cabo-verdiana, a passar cinema ininterruptamente há oito anos, e só cinema brasileiro” gaba-se a diretora. Ela garante: os longas brasileiros “têm uma excelente receptividade” do público cabo-verdiano.

 

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