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Egito condena responsáveis pelo naufrágio de 202 pessoas em 2016

Cinquenta e seis egípcios foram condenados neste domingo (26) a penas que variam de 7 a 10 anos de prisão pelo naufrágio de um barco migrantes no Egito que matou 202 pessoas em 2016, de acordo com fontes da Justiça local.

Segundo o Alto Comissário para a Agência das Nações Unidas para os Refugiados, As viagens no Mediterrâneo para a Itália se tornaram mais numerosas desde que a UE e a Turquia anunciaram um acordo para impedir a travessia para a Grécia.
Segundo o Alto Comissário para a Agência das Nações Unidas para os Refugiados, As viagens no Mediterrâneo para a Itália se tornaram mais numerosas desde que a UE e a Turquia anunciaram um acordo para impedir a travessia para a Grécia. REUTERS/Antonio Parrinello
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Em 21 de setembro de 2016, um barco de pesca com 450 imigrantes a bordo naufragou no Mediterrâneo, ao largo da cidade de Rosetta, de acordo com o testemunho de sobreviventes. Pelo menos 202 pessoas morreram, de acordo com autoridades egípcias. Neste domingo (26), 56 egípcios foram considerados culpados pelo Tribunal Penal de Rosetta por assassinato e negligência na utilização de um barco para atividades ilegais de imigração.

Apenas 31 acusados estiveram presentes no julgamento, 25 outros sendo julgados à revelia. Uma pessoa foi absolvida. Os condenados podem apelar, segundo afirmou uma fonte judicial. Vários contrabandistas egípcios foram condenados no passado à prisão pelo mesmo tipo de negócio ilegal.

A chanceler alemã Angela Merkel esteve no início de março no Egito para falar não só sobre a economia, mas também para discutir a imigração na Europa vinda da África. A Alemanha pressionou sobre a importância da segurança de litorais e fronteiras no combate a contrabandistas.

A maioria dos sobreviventes do 21 de setembro de 2016 é egípcia, mas haviam também sudaneses, eritreus, sírios e etiópios, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). O destino do barco era a Itália.

Rota perigosa

A rota marítima usada por migrantes para a Itália é "particularmente perigosa" e 2016 registrou “mais mortes do que nunca, cerca de 5 mil”, afirmou o Alto Comissário para a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em fevereiro de 2017.

As viagens no Mediterrâneo para a Itália se tornaram mais numerosas desde que a União Europeia e a Turquia anunciaram um acordo, em março de 2016, para impedir que migrantes realizem a travessia para a Grécia, de acordo com o ACNUR.

Segundo o órgão, em 24 de março passado pelo menos 593 migrantes morreram ou desapareceram durante uma viagem no Mediterrâneo. O pior desastre em décadas na região aconteceu em abril de 2015, no litoral da Líbia, quando cerca de 800 migrantes da África Ocidental morreram durante o naufrágio de uma traineira que tinha colidiu com um cargueiro Português que vinha prestar resgate à embarcação.

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