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Angola

Eleitores vão às urnas escolher novo presidente de Angola

Mais de 9 milhões de eleitores escolhem nesta quarta-feira (23) o futuro chefe de Estado num ambiente de uma calma aparente. Entre os favoritos na corrida à presidência estão João Lourenço, do MPLA, partido no poder, Isaías Samakuva, da Unita, e Abel Chivikuvuku da CASA-CE, ambos da oposição. João Lourenço é dado como sendo o possível sucessor do atual presidente José Eduardo dos Santos.

José Eduardo dos Santos, atual presidente de Angola, na mesa de votação em 23 de agosto de 2017
José Eduardo dos Santos, atual presidente de Angola, na mesa de votação em 23 de agosto de 2017 MARCO LONGARI / AFP
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Com informações da enviada especial da RFI a Angola, Neidy Ribeiro

No entanto, nas sondagens realizadas durante a campanha eleitoral, o MPLA ganhava, mas perdia a maioria na Assembleia Nacional para a oposição. O presidente José Eduardo dos Santos encerrará seu mandato após ter ficado 38 anos no poder.

A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto. No total, há 9.317.294 eleitores em condições de votar.

O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação mais votado é automaticamente eleito presidente da república e chefe do executivo.

A Comissão Nacional de Eleições disse ontem à RFI que tudo estava preparado para o escrutínio, minimizando os problemas de irregularidades, principalmente no registro de eleitores que foram postos a votar a mil quilômetros de casa.

As urnas fecham às 18h locais (14h em Brasília) e os primeiros resultados devem ser conhecidos a partir das 19h30.

Petróleo em baixa

Após a queda vertiginosa dos preços do petróleo nos últimos anos, a economia foi um fator significativo nesta campanha.

No final da guerra civil, em 2002, Angola teve uma grande vantagem: a riqueza do petróleo, que permitiu a sua reconstrução.

Na capital Luanda e nas principais cidades do país, os arranha-céus floresceram, aumentando o crescimento que chegou a bater dois dígitos. E isso, até a queda dos preços do petróleo em 2014.

Quando o preço de um barril diminuiu pela metade, entre 2014 e 2016, Luanda perdeu metade dos fluxos de moeda estrangeira. Consequência: no mercado de câmbio informal, o kwanza, moeda local, também perdeu a metade do seu valor.

Com a crise do petróleo, o Estado ordenou cortes drásticos no orçamento. E, apesar de uma recuperação esperada dos preços do petróleo, as agências de rating estão revisando as classificações do país para baixo.

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