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Zuma/corrupção

Ex-presidente sul-africano Jacob Zuma será julgado por corrupção

O ex-presidente sul-africano Jacob Zuma será julgado por corrupção em um caso de contrato de armamento com indústrias estrangeiras nos anos 1990, anunciou nesta sexta-feira (16) a procuradoria do país.

Jacob Zuma, em 14/02/18, quando anunciou que renunciava ao cargo de presidente.
Jacob Zuma, em 14/02/18, quando anunciou que renunciava ao cargo de presidente. Phill Magakoe / AFP
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"Há motivos razoáveis para pensar que as ações judiciais contra Zuma darão resultados", declarou o procurador-geral Shaun Abrahams em coletiva de imprensa em Pretória.

A justiça suspeita que Zuma cobrou propinas em um contrato de armamento de US$ 5,16 bilhões, assinado em 1999 pela África do Sul com várias empresas estrangeiras, entre elas a francesa Thales. Na ocasião, Zuma era vice-presidente do país.

O ex-presidente será julgado por fraude e corrupção. A procuradoria-geral disse que a filial local de Thales também será julgada ao mesmo tempo que o ex-presidente.

A empresa francesa não quis fazer comentários. Em 2005, o ex-conselheiro financeiro de Zuma, Schabir Shaik, foi condenado a 15 anos de prisão por obter propinas.

O presidente Thabo Mbeki aproveitou a ocasião para demitir seu adversário Zuma, acusado por corrupção. As ações judiciais foram anuladas por ausência de provas e Zuma obteve sua revanche política no final de 2007, tirando Mbeki da presidência do partido ANC.

Mas dez dias depois a justiça voltou a indiciá-lo. Depois, em 2008, o processo foi invalidado por questões técnicas. Após alguns meses, Zuma foi eleito presidente e o caso pareceu definitivamente enterrado.

Mas o principal partido opositor, a Aliança Democrática (DA), conseguiu pressionar os magistrados encarregados do caso graças a gravações telefônicas.

Em 2016, a justiça ordenou a retomada do caso contra Zuma.

Zuma, debilitado por vários escândalos de desvios de recursos públicos, anunciou em um discurso televisionado à nação que havia tomado a decisão de se renunciar ao cargo, embora estivesse em desacordo com a direção de seu partido.

O ex-sindicalista e empresário Cyril Ramaphosa assumiu o lugar de Zuma, de 75 anos, no poder desde 2009.

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