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ONU e missão francesa no Mali sofrem pior ataque em quatro anos

O ataque sem precedentes ocorrido no sábado (14) contra o acampamento das forças da ONU no Mali (Minusma) deixou ao menos três mortos – um capacete azul burquinense e dois terroristas –, segundo apurou a reportagem da RFI na região. O complexo da ONU, na localidade de Tombuctu, é vizinho da base militar francesa da operação Barkhane, que combate grupos jihadistas salafistas na região. Sete soldados franceses foram feridos no tiroteio.

Um capacete azul da Minusma, a força de estabilização da ONU no Mali, no acampamento de Tombuctu.
Um capacete azul da Minusma, a força de estabilização da ONU no Mali, no acampamento de Tombuctu. SEBASTIEN RIEUSSEC / AFP
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Os agressores lançaram ao menos 12 morteiros contra as instalações da Minusma e tentaram invadir o acampamento com dois veículos carregados de explosivos. De acordo com informações do Ministério da Segurança e da Proteção Civil do Mali, os terroristas estavam disfarçados de militares.

Um dos carros estava pintado com as cores usadas pelas Forças Armadas malinesas (FAMas). Este veículo conseguiu ultrapassar a primeira barreira de segurança e explodiu. O segundo, com o símbolo das Nações Unidas "UN", foi imobilizado.

A jornalista Yéya Tandina, que trabalha em Tombuctu, relatou que a ação provocou pânico nos militares franceses e da ONU. A Minusma precisou de duas horas e meia para controlar a atentado terrorista.

Cerca de 20 pessoas ficaram feridas, incluindo capacetes azuis, soldados franceses e ao menos seis civis, moradores das redondezas, atingidos por balas perdidas.

O ataque duplo, visando a ONU e forças francesas, é raro no Mali, embora
os jihadistas tenham intensificado suas operações após o fracasso da implementação de um acordo de paz firmado em 2015.

Ainda há cerca de 4.000 soldados franceses estacionados no país, além dos capacetes azuis da Minusma. No final de março, a Minusma contava com cerca de 11.800 militares e 1.700 policiais no Mali.

No mês passado, a ONU relatou que 162 membros da organização morreram desde o início dessa missão no país africano, em 2013, o que representa o balanço mais pesado para uma operação de paz em andamento.

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