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Líbia

Único aeroporto operacional da capital da Líbia é bombardeado

Um avião não identificado realizou nesta segunda-feira (8) um ataque aéreo contra o aeroporto de Mitiga, o único operacional de Trípoli. O ataque atesta a intensificação dos combates entre facções que tentam tomar a capital da Líbia. O país sofre com conflitos desde a queda do regime de Muamar Khadafi em 2011, mas a situação piorou nos últimos quatro dias.

Aeroporto de Mitiga foi esvaziado às pressas após o bombardeio e teve suas atividades suspensas
Aeroporto de Mitiga foi esvaziado às pressas após o bombardeio e teve suas atividades suspensas REUTERS/Hani Amara
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A violência aumentou nos arredores de Trípoli desde que o marechal Khalifa Haftar, homem forte da região leste do país, decidiu conquistar a capital para aumentar sua influência na região. Desde quinta-feira (5), pelo menos 32 pessoas morreram e 50 ficaram feridas vítimas de combates violentos entre as forças paramilitares do marechal e as tropas do governo nas proximidades da cidade.

Nação rica em petróleo, a Líbia está mergulhada no caos desde a queda de Muammar Kadhafi. Várias facções internas tentam tomar o controle do país. As forças de Khalifa Haftar são leais a uma autoridade baseada no leste do país, que se opõe ao Governo de Unidade Nacional, instalado em Trípoli (oeste) e reconhecido pela comunidade internacional.

No domingo (7), a Missão das Nações Unidas na Líbia (MANUL) fez um apelo, sem sucesso, por uma trégua de duas horas nos subúrbios de Trípoli para retirar os feridos e os civis. O Conselho de Segurança da ONU discutiu a situação no país, mas não conseguiu chegar a um consenso.

Rússia bloqueia ação da ONU

Segundo fontes diplomáticas, a Rússia bloqueou no domingo (7) uma declaração conjunta do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que pedia às forças do comandante Haftar para deter seu avanço. Após uma reunião a portas fechadas na sexta (5), o Conselho pediu ao autoproclamado Exército Nacional da Líbia (LNA, na sigla em inglês), sob o comando de Haftar, para suspender sua "atividade militar".

Logo em seguida, a Grã-Bretanha propôs um texto mais formal. O documento reforçava o apoio das Nações Unidas para a realização de uma conferência internacional que resultaria na convocação de eleições no país. Mas a Rússia, que faz parte do Conselho e que, junto com Egito e os Emirados Árabes Unidos, é uma das principais aliadas de Haftar no exterior, se opôs ao texto.

O enviado da ONU para a Líbia, Ghassan Salamé, disse no sábado (6) que a conferência está mantida "na data prevista", de 14 a 16 de abril, "exceto se circunstâncias de força maior o impeçam".

O exército americano anunciou no domingo a retirada provisória de seus militares da Líbia.

(Com informações da AFP)

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