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América Latina

OEA examina litígio entre Colômbia e Venezuela na quinta-feira

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou nesta sexta-feira romper relações diplomáticas com a Colômbia. O governo de Bogotá acusa Chávez de tolerar a presença de líderes de guerrilhas colombianas em território venezuelano. A pedido da Colômbia, a Organização dos Estados Americanos realiza uma sessão extraordinária na próxima quinta-feira para examinar a questão. 

O presidente Hugo Chávez rejeitou a acusação do governo colombiano e ameaçou romper relações com Bogotá
O presidente Hugo Chávez rejeitou a acusação do governo colombiano e ameaçou romper relações com Bogotá Reuters
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O embaixador colombiano junto à OEA, Luis Alfonso Hoyos, anunciou nesta sexta-feira que o conselho permanente da instituição se reunirá na quinta-feira para "examinar a presença de terroristas colombianos em território venezuelano".

Segundo um comunicado da presidência colombiana, essa sessão extraordinária da OEA foi convocada depois de "inúmeros esforços sem sucesso para solucionar o problema com o governo da Venezuela". O texto lembra que outros países já tinham sido chamados para tentar facilitar o diálogo, como Espanha, Brasil e Cuba.

O governo de Hugo Chávez convocou seu embaixador em Bogotá, Gustavo Márquez, e avisou que irá anunciar "medidas políticas e diplomáticas" em resposta às "agressões" feitas pela administração do presidente colombiano, Álvaro Uribe.

O governo da Colômbia garantiu na quinta-feira ter provas de que vários líderes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Liberação Nacional) estão escondidos na Venezuela. Chávez rejeita essas acusações, afirmando que se trata de um novo ataque do presidente Álvaro Uribe para "terminar sua obra de destruição das relações entre Colômbia e Venezuela".

Uribe deixa o poder no dia 7 de agosto. Chávez recusou o convite para assistir à cerimônia de posse do presidente eleito da Colômbia, Juan Manoel Santos, alegando que seria um risco para a sua própria segurança. O presidente venezuelano pediu que Santos tome posições diferentes daquelas de Uribe no que diz respeito às relações entre os dois países. "Se eles continuarem com essa loucura, eu vou romper relações com a Colômbia", disse Chávez.

O ministro das relações exteriores da Venezuela, Nicolas Maduro, acusou Álvaro Uribe de sabotar os esforços de reconciliação entre os dois vizinhos, cujas relações foram frequentemente afetadas por questões de segurança e conflito de fronteiras.

Há dois anos, um ataque do exército colombiano a um campo das Farc no Equador provocou a mobilização das tropas na Venezuela. A tensão entre os dois países aumentou desde que a Colômbia anunciou, há um ano, que o exército norte-americano poderia usar no futuro até sete bases em territírio colombiano.

Por sua vez, os Estados Unidos lembraram nesta sexta-feira que os compromissos assumidos internacionalmente pela Venezuela proíbem que o país acolha terroristas.

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