Acessar o conteúdo principal
Venezuela/Colômbia

Bolívia pede reunião de líderes da Unasul para discutir crise entre Venezuela e Colômbia

O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu neste sábado uma reunião de emergência dos 12 líderes da Unasul para debater a crise política entre Venezuela e Colômbia. Morales alertou para o risco de uma "confrontação bélica" entre os dois países, após a ruptura das relações diplomáticas entre Caracas e Bogotá na quinta-feira.

Policial venezuelano controla passageiros de ônibus na Ponte Simon Bolivar, na fronteira da Colômbia com o estado venezuelano de Tachira.
Policial venezuelano controla passageiros de ônibus na Ponte Simon Bolivar, na fronteira da Colômbia com o estado venezuelano de Tachira. Reuters
Publicidade

Evo Morales pediu ao presidente do Equador, Rafael Correa, atualmente na presidência rotativa da Unasul, que convoque uma reunião de emergência com os líderes dos 12 países da organização, da qual o Brasil faz parte, para discutir uma solução à crise entre Venezuela e Colômbia. Falando para agricultores bolivianos no interior do país, Morales disse não ser possível permitir uma guerra entre países vizinhos e irmãos. Ontem, Correa já havia anunciado que, a pedido de Caracas, convocou uma reunião com chanceleres da Unasul na próxima semana.

Principal aliado do presidente venezuelano, Hugo Chavez, Morales voltou a criticar o presidente colombiano, Alvaro Uribe, por ele ter "fustigado esta crise". Caracas rompeu as relações diplomáticas com Bogotá na última quinta-feira depois que a Colômbia acusou a Venezuela de dar cobertura e abrigar em seu território guerrilheiros das Farc. A Colômbia colocou suas Forças Armadas em alerta máximo.  

Morales disse ter confiança que o presidente colombiano recém-eleito, Juan Manuel Santos, saberá evitar um conflito armado com a Venezuela após sua posse no dia 7 de agosto. Repetindo o discurso chavista, o presidente boliviano condenou o uso de bases militares colombianas pelas forças norte-americanas. Na quinta-feira, Morales havia chamado Uribe de "lacaio dos Estados Unidos".

Vários líderes sul-americanos estão mobilizados para dissuadir os dois países de um eventual conflito militar. O presidente Lula conversou com Chavez por telefone na quinta-feira e marcou um encontro com o venezuelano, no dia 6 de agosto, em Caracas, para dissuadi-lo de uma escalada militar.

Uribe diz que invasão do território equatoriano foi "necessária"

O presidente colombiano disse neste sábado, durante um balanço de seus oito anos de governo, que a invasão do Exército colombiano para atacar um acampamento de guerrilheiros das Farc em território equatoriano, em 2008, ocorreu "por necessidade". Uribe agradeceu a dedicação do então ministro da Defesa, o presidente eleito Juan Manuel Santos, pelas inúmeras operações lançadas contra as Farc, que acabaram por enfraquecer a guerrilha. Uribe terminou seu discurso pedindo às Forças Armadas que se mantenham firmes "até a rendição ou a prisão do último terrorista". 

Ontem, Hugo Chavez disse que a Colômbia busca um pretexto para invadir a Venezuela com o apoio dos Estados Unidos. Chavez qualificou de invenção as acusações de que a Venezuela dá cobertura a guerrilheiros das Farc em seu território. A Colômbia divulgou imagens em que apresenta supostos guerrilheiros das Farc acampados em terras venezuelanas na fronteira entre os dois países.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.