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Estados Unidos/maratona

Bombas que explodiram em Boston estariam dentro de panelas de pressão

As bombas que provocaram as explosões na linha de chegada da Maratona de Boston nesta segunda-feira (15) são provalvemente artesanais, e teriam sido detonadas pelo celular, segundo as autoridades americanas. Em uma coletiva, os agentes do FBI disseram que vão até "o fim do mundo" se necessário para encontrar os responsáveis pelo ataque.

Uma vítima liga para sua família logo depois da explosão
Uma vítima liga para sua família logo depois da explosão REUTERS/Dominick Reuter
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Com a colaboração de Ligia Houghland, correspondente da RFI em Washington

As autoridades americanas estão mobilizadas para encontrar os responsáveis pelas explosões na Maratona de Boston, o primeiro ataque terrorista ao país desde os atentados de 11 de setembro. Na noite de segunda-feira, agentes do FBI removeram diversas sacolas de um apartamento localizado em Revere, um subúrbio de Boston. A polícia também está à procura de uma van alugada que tentou ter acesso à linha de chegada da maratona, além de um homem com capuz carregando duas mochilas que foi visto se afastando do local minutos antes da tragédia.

Especialistas estão examinando os explosivos na tentativa de identificar quem fabricou as bombas. Até agora, dizem, não há indícios de que os dispositivos foram criados por equipes especializadas na fabricação deste tipo de artefato, o que descarta a hipótese do envolvimento do grupo Al-Qaeda. Segundo as autoridades policiais, tudo leva a crer que as duas bombas foram provavelmente detonadas por telefone celular.

De acordo com o jornal The New York Times, os investigadores acreditam que bombas parecidas foram usadas contra as tropas americanas no Iraque e no Afeganistão. Segundo a rede CNN, os explosivos foram colocados em panelas de pressão equipadas com minutores e escondidos dentro de mochilas pretas. As sacolas também continham pregos e outros tipos de metal, para aumentar o impacto da explosão.

Quando a primeira bomba explodiu, as pessoas que se encontravam próximas à linha de chegada da maratona correram em direção à outra bomba, detonada poucos segundos depois. De acordo com os investigadores, elas  foram posicionadas com o objetivo claro de atingir o maior número de pessoas possível. Até agora, foram identificados três mortos, entre eles um menino de oito anos, e cerca de 176 feridos. 17 permanecem em estado grave e 10 sofreram amputações.

Centenas de vídeos de vigilância e produzidos por amadores estão sendo examinados pelos investigadores. Washington, sempre um alvo em potencial para terrorismo, está em alto estado de alerta. Policiais com cães farejadores estão presentes em estações de metrô e helicópteros estão sobrevoando a capital americana. Nesta quinta-feira, o presidente Barack Obama participa de uma cerimônia em Boston em homenagem às vítimas.

 

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