Capriles propõe diálogo para cessar violência pós-eleitoral
O oposicionista Henrique Capriles propôs nessa terça-feira um diálogo com o governo para encontrar uma solução à crise política aberta pela vitória apertada do chavista Nicolás Maduro na eleição presidencial do último domingo. A violência pós-eleitoral já deixou sete mortos e 60 feridos em várias cidades do país.
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Ontem, milhares de simpatizantes de Capriles se reuniram em frente ao Conselho Nacional Eleitoral, em Caracas, para pedir uma auditoria nos votos. Capriles se recusa a reconhecer a derrota pela pequena margem de 1,8% de votos favorável a Maduro. Desde a proclamação oficial dos resultados, na segunda-feira, os ânimos se acirraram e militantes dos dois campos se enfrentam nas ruas.
Em sua conta no Twitter, Capriles disse que o governo venezuelano está por trás da violência nos protestos. O objetivo de Maduro seria evitar uma nova contagem dos votos, declarou Capriles.
O presidente eleito proibiu um protesto da oposição previsto nesta quarta-feira em Caracas, chamando Capriles de "assassino". O oposicionista cedeu e acabou cancelando a passeata na capital.
Sete venezuelanos morreram durante os protestos, entre eles um funcionário da polícia. Um homem de 45 anos e uma mulher também foram atingidos por tiros. Segundo as autoridades venezuelanas, 135 pessoas foram presas nas manifestações. O chanceler Elias Jaua qualificou os opositores de 'fascistas'.
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