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EUA/Israel

Espião israelo-americano será libertado pelos EUA, após 30 anos de prisão

O espião israelo-americano Jonathan Pollard, preso em 1985 e condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos em 1987, será libertado em 21 de novembro. O anúncio foi feito pelos advogados de Pollard na noite de terça-feira (28). Nesta quarta-feira (29), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Nenanyahu, comemorou a notícia.

O espião Jonathan Pollard, fotografado em 1991.
O espião Jonathan Pollard, fotografado em 1991. REUTERS
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A decisão para a libertação de Jonathan Pollard foi tomada, por unanimidade, pelos três membros da Comissão independente de Liberdade Condicional. A audiência aconteceu no dia 7 de julho, no Centro de detenção Federal de Butner, no estado americano da Carolina do Norte, onde o espião está preso. A Justiça determinou que o detento poderia obter liberdade condicional no final deste ano. A administração Obama já informou que não iria se opor à decisão.

Os advogados de Pollard ressaltaram que a decisão não está relacionada com os recentes acontecimentos no Oriente Médio, referindo-se ao acordo sobre o programa nuclear iraniano. Ele era elegível a uma liberdade condicional a partir de novembro de 2015. Caso o direito não fosse concedido, Jonathan Pollard seria obrigado a passar pelo menos mais 15 anos atrás das grades.

Israel comemorou a notícia

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou hoje que "finalmente Pollard será libertado, depois de décadas de esforços". Netanyahu lembrou que sempre pediu sistematicamente a libertação do espião em todos os encontros que teve com os dirigentes americanos que se sucederam, desde a prisão do americano de origem judaica.

A ministra israelense da Justiça, Ayelet Shaked, postou em sua página no Facebook que "30 anos de sofrimentos vão terminar em novembro, não por gentileza por causa do acordo catastrófico entre Estados Unidos e Irã, mas graças à lei."

Jonathan Pollard foi condenado por espionar para Israel a estratégia dos Estados Unidos para a antiga União Soviética e os países árabes. O caso era há anos fonte de tensão entre Washington e Israel, que considera dura a pena de prisão perpétua contra um cidadão originário de um país aliado.
 

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