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EUA/Brasil

Em prédio de luxo, José Maria Marín começa a cumprir prisão domiciliar em Nova York

O ex-presidente da CBF, José Maria Marín, de 83 anos, foi extraditado pelo governo suíço para os EUA e cumpre, desde a noite de ontem, prisão domiciliar em seu apartamento, no luxuoso prédio Trump Tower, em plena Quinta Avenida, em Nova York. Ele foi preso em maio na Suíça, sede da Fifa, juntamente com outros seis dirigentes da entidade, acusado de receber milhões de dólares de propina em um esquema relacionado aos polpudos contratos de direitos de transmissão para a TV dos torneios Copa América e Copa do Brasil, de 2013 a 2022,

José Maria Marín cumpre prisão domiciliar em Nova York
José Maria Marín cumpre prisão domiciliar em Nova York Tomaz Silva/Agência Brasil – 17/07/2014
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Eduardo Graça, correspondente da RFI em Nova York

Assim que desembarcou na cidade, Marín, que foi vice-governador eleito indiretamente de São Paulo, durante a ditadura militar, e por dois anos a autoridade máxima do estado mais rico da federação brasileira, substituindo o candidato à presidência Paulo Maluf, foi levado para uma audiência em um tribunal no Brooklyn, escoltado por agentes do FBI.

O dirigente esportivo pagou uma fiança de US$ 15 milhões – ou cerca de R$ 57 milhões – à Justiça americana para responder ao processo sem dormir no xilindró aqui nos EUA. Marin será monitorado eletronicamente o tempo todo, está impedido de sair dos EUA, só pode sair de casa em casos extremos, como emergências médicas e está expressamente proibido de manter contato com os outros investigados no escândalo da Fifa.

Esquema de corrupção

Em maio, a Justiça americana deflagrou a maior crise da história da Fifa denunciando a existência de um esquema de corrupção de mais de duas décadas com desvio de até R$ 450 milhões relacionados às escolhas das sedes das Copas do Mundo e a contratos de marketing do maior evento do esporte mundial em faturamento.

As investigações resultaram na renúncia do então presidente da entidade máxima do futebol, o suíço Joseph Blatter e na prisão domiciliar, também nos EUA, do presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Caribe e Antilhas, a Concacaf, o americano Jeffrey Webb.

Outros cinco dirigentes da FIFA entraram com recurso para não serem enviados para os EUA. Dentre os muitos outros alvos da investigação estão o antecessor de Marín, Ricardo Teixeira, e o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que tem evitado viagens internacionais. Marín comandou a CBF entre 2012 e 2015 e foi o presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014.

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