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Obama chora durante discurso sobre porte de armas nos EUA

O presidente norte-americano não conteve sua emoção ao anunciar medidas para tentar reduzir acesso ao porte de armas nos Estados Unidos. Barack Obama chorou diante do público durante um discurso ao relembrar as tragédias provocadas por tiroteios em escolas do país.

Barack Obama não conseguiu conter as lágrimas aos relembrar os massacres realizados em escolas dos Estados Unidos.
Barack Obama não conseguiu conter as lágrimas aos relembrar os massacres realizados em escolas dos Estados Unidos. REUTERS/Kevin Lamarque
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Barack Obama destacou nesta terça-feira (5) a urgência de agir para aumentar o controle das armas de fogo em um país onde ataques a tiros se tornaram quase diários. "As constantes desculpas para a falta de ação não funcionam mais", insistiu Obama diante dos jornalistas na Casa Branca, citando o ativista dos direitos humanos e líder afro-americano Martin Luther King.

Mas o momento mais emocionante do discurso foi quando o presidente norte-americano relembrou massacres ocorridos em escolas nos Estados Unidos. Ao homenagear “de estudantes em Columbine a alunos da primeira série em Newtown, todas as famílias que nunca imaginaram que uma pessoa querida seria tirada de suas vidas pela bala de uma arma de fogo”, Obama marcou uma pausa para tentar conter as lágrimas. “Fico furioso cada vez que penso nessas crianças”, retomou o chefe da Casa Branca.

O presidente deseja reforçar o controle de antecedentes dos compradores de armas de fogo nos Estados Unidos, inclusive pela internet. No entanto, Obama se defende de estar privando os norte-americanos do acesso às armas, argumento utilizado frequentemente pela Associação Nacional das Armas (NRA na sigla em inglês), a poderosa organização que apoia o armamento dos cidadãos do país.

Obama propõe um "novo diálogo" com os estados norte-americanos para garantir que as autoridades locais transmitam para a base de dados nacional suas estatísticas criminais sobre pessoas diagnosticadas com transtornos mentais, ou que tenham antecedentes de violência familiar. O presidente também deseja aumentar em US$ 500 milhões a ajuda às pessoas com distúrbios mentais graves.

O governo quer obrigar os vendedores a informar os roubos de armamentos, além de incentivar o desenvolvimento de tecnologias para aumentar a segurança das armas de fogo. A ideia é instaurar um dispositivo no qual pistolas só seriam ativada quando manipuladas por um usuário autorizado, evitando assim que uma criança possa atirar com armas dos pais.

Estados Unidos não podem ser reféns do lobby das armas

O presidente foi enfático ao advertir que o lobby das armas não pode bloquear as ações do governo para evitar dezenas de milhares de mortes a cada ano no país. “Eles não podem tomar os Estados Unidos como reféns", declarou Obama, em referência à NRA.

O chefe da Casa Branca, que conta usar seu poder para tentar aprovar as medidas apesar da oposição do Congresso, já avisou na véspera que as soluções apresentadas não serão suficientes para prevenir os tiroteios e os crimes violentos. “Mas vai permitir, potencialmente, salvar vidas neste país”, disse o presidente. 

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