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Macri e Cameron querem se reaproximar, mesmo com crise das Malvinas

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, se encontraram nesta quinta-feira (21) em Davos, na Suíça, onde ambos participam do Fórum Econômico Mundial. Eles conversaram durante meia hora e se mostraram dispostos a suavizar a tensão causada pelo conflito sobre a posse das Ilhas Malvinas.  

Primeiro-ministro britânico David Cameron (esq.)conversa com o presidente argentino Mauricio Macri, em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial , em 21 de janeiro de 2016.
Primeiro-ministro britânico David Cameron (esq.)conversa com o presidente argentino Mauricio Macri, em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial , em 21 de janeiro de 2016. REUTERS/Ruben Sprich
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Depois de se reunirem em Davos, os dois dirigentes deixaram claro que suas posições sobre a soberania das Ilhas Malvinas continua inflexível, porém, há um forte interesse em que o tom se suavize e as relações bilaterais sejam retomadas. Desta forma, Argentina e Reino Unido mudam a estratégia diplomática da ex-presidente Cristina Kirchner, que desencadeou uma forte tensão entre os dois países.

A ministra das Relações Exteriores argentina, Susana Malcorra, declarou que o conflito das Malvinas era uma questão prioritária, mas não a única que Macri queria abordar. "Temos um problema complexo com a Grã-Bretanha, que são as Malvinas. Mas centrar nossa relação com os ingleses apenas nas Malvinas é como ficarmos com um copo pela metade", disse a chanceler, observando que o presidente Macri quer avançar com a questão das Malvinas, mas, em paralelo, avançar em muitas outras oportunidades que podem existir entre Reino Unido e Argentina.

"Foi uma bela reunião", disse Macri, depois de se reunir com Cameron que, por sua vez, afirmou que existe a possibilidade de de abrir um novo capítulo entre os dois países. Quanto à disputa sobre as Ilhas Malvinas, "o primeiro-ministro deixou claro que "nossa posição continua sendo a mesma e que no recente referendo ficou absolutamente claro que os habitantes das ilhas querem continuar sendo britânicos", diz o texto de Downing Street.

O premiê Cameron afirmou que as atuais reformas econômicas realizadas na Argentina são importantes para o estímulo de novos investimentos e incremento do comércio bilateral. O premiê está apostando em cooperações em diversos setores como Energia e Ciências.

Por que Argentina e Grã-Bretanha disputam as Ilhas Malvinas?

As ilhas Malvinas foram ocupadas pelas forças britânicas em 3 de janeiro de 1833. Em 1982, as tropas da ditadura militar argentina invadiram as ilhas, dando início a uma guerra que durou 74 dias e terminou com a vitória britânica. Morreram 255 britânicos e 648 argentinos no conflito.

Em 2013, a maioria dos 3.000 habitantes das Malvinas manifestaram em um referendo a vontade de continuar sob a soberania britânica.

O contencioso entre os dois países se agravou quando a a ex-presidente Cristina Kirchner entregou documentos que tentavam demonstrar que as ilhas pertencem aos argentinos, durante a Cúpula do G2O, em junho de 2012. Cameron se recusou a recebê-los, aumentando a tensão diplomática existente.

 

 

 

 

 

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