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Colômbia autoriza bombardeios aéreos contra criminosos

A Colômbia autorizou o uso de "toda a força do Estado", incluindo bombardeios aéreos, contra os principais grupos criminosos do país. A postura marca a mudança da estratégia de segurança do governo, informou o ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas.

Ministro da Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas: "Estas organizações serão perseguidas de forma autônoma ou coordenada pelas forças militares e pela polícia".
Ministro da Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas: "Estas organizações serão perseguidas de forma autônoma ou coordenada pelas forças militares e pela polícia". REUTERS/John Vizcaino
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"A 'Diretiva 15' permite a aplicação de toda a força do Estado, sem exceção, aos grupos armados organizados ou aos grupos que tenham maior capacidade hostil", disse Villegas em sessão especial da comissão do Senado em Apartadó, uma conturbada zona do noroeste do país.

A nova estratégia de segurança se aplicará contra o Clã Úsuga, Los Pelusos e Los Puntilleros, os três principais grupos criminosos do país, também qualificados de "grupos armados organizados", que possuem acampamentos, armas pesadas, uniformes e presença territorial, segundo o ministro.

"Estas três organizações serão perseguidas de forma autônoma ou coordenada pelas forças militares e pela polícia", disse o ministro em Apartadó, próximo ao golfo de Urabá, zona de influência do Clan Úsuga, maior grupo criminoso do país. Apenas nas últimas 24 horas, as autoridades detiveram 90 membros destas organizações criminosas, anunciou Villegas.

Tráfico de drogas

O uso da força do Estado inclui "operações de assalto aéreo com forças especiais, emboscadas, atiradores de elite e apoio de fogo de artilharia", precisou o governo colombiano. O presidente Juan Manuel Santos, envolvido em uma cruzada contra os grupos criminosos, disse em recente entrevista à AFP que "se a legislação lhe permitisse", bombardearia os criminosos.

O Clan Úsuga, surgido de dissidentes da desmobilização de paramilitares promovida pelo governo do presidente Álvaro Uribe entre 2003 e 2006, é acusado de enviar toneladas de cocaína para os Estados Unidos, e seu desmantelamento é o principal objetivo dentro da ofensiva estatal.

Desde o início do ano, o governo já capturou ou matou mais de mil membros dos grupos criminosos organizados, segundo números oficiais. O conflito interno colombiano, iniciado como uma revolta camponesa em 1964, envolveu guerrilhas, paramilitares e agentes do Estado, deixando 260 mil mortos e 45 mil desaparecidos.

Com informações AFP
 

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