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Nafta/Trump

EUA, México e Canadá reforçam Nafta após ameaça de Trump

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o do México, Enrique Peña Nieto, reafirmaram nesta quarta-feira (29), em Ottawa, Canadá, a posição comum diante da ameaça do virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, de deixar o acordo de livre-comércio que os une ao Canadá.

Os três presidentes da América do Norte, em encontro em Ottawa, Canadá.
Os três presidentes da América do Norte, em encontro em Ottawa, Canadá. REUTERS/Chris Wattie
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"Ouvimos com muita frequência propostas que ignoram a importante contribuição dos mexicano-americanos e a força das nossas relações com o México", afirmou Obama, sem mencionar Trump.

Na abertura da cúpula dos "três amigos", organizada pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, Peña Nieto advertiu: "o isolacionismo não é o caminho para o progresso".

"Somos vizinhos, somos amigos, e essa amizade é baseada em uma forte cooperação e trabalho em equipe", insistiu, anunciando que visitará a Casa Branca em breve.

Trump ameaça "renegociar" Nafta

Na terça-feira (28), Trudeau alertou contra a tentação do "isolacionismo" e do "protecionismo", que afeta o crescimento econômico. Quase que simultaneamente, na Pensilvânia, Trump afirmava que pensa em renegociar o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), o qual vincula Estados Unidos, Canadá e México desde 1994.

Para Trump, que prometeu erguer um muro na fronteira com o México, esse tratado é a fonte de todos os males dos trabalhadores americanos. "Se (Canadá e México) não quiserem renegociar (...), então manifestarei que os Estados Unidos têm a intenção de se retirar do acordo", prometeu Trump.

Presidentes prometem esforços pelo meio ambiente

Os três países anunciaram ainda o objetivo de redobrar seus esforços para enfrentar a mudança climática e disseram ter um meta comum para a América do Norte: até 2025, garantem, 50% da eletricidade gerada proverá de energias limpas. Em 2015, a parte de eletricidade proveniente dessas fontes foi de 37%.

"O acordo de Paris foi uma virada para nosso planeta", disseram os presidentes em um comunicado conjunto, referindo-se ao compromisso validado durante a Cúpula do Clima (COP21), na capital francesa. A nota ressalta que a América do Norte tem "a capacidade e os recursos" para dar provas de sua liderança nesse tema.

Os três reafirmaram seu compromisso de ratificar ainda este ano os acordos alcançados em dezembro passado em Paris e pediram a todos os países que façam o mesmo. O México já aderiu ao compromisso assumido por Estados Unidos e Canadá de reduzir em dez anos entre 40% e 45% as emissões de metano, causadoras do efeito estufa que aquece o planeta.
 

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