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EUA/Eleição

Imprensa francesa vê risco para Hillary em debate com Trump

O primeiro debate entre Hillary Clinton e Donald Trump é a principal manchete da imprensa francesa nesta segunda-feira (26). Para o Le Figaro, o debate de hoje é um evento da maior importância para o mundo, porque "não é certo que as questões de fundo prevaleçam sobre a forma".

O primeiro debate entre Hillary Clinton e Donald Trump é uma das principais manchetes da imprensa francesa nesta segunda-feira (26).
O primeiro debate entre Hillary Clinton e Donald Trump é uma das principais manchetes da imprensa francesa nesta segunda-feira (26). RFI
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A confortável vantagem de Hillary derreteu, lembra o Le Figaro em seu editorial de primeira página. Os indecisos, que chegam a 20% do eleitorado, estarão de olho no desempenho dos dois adversários. Para o diário, de tendência conservadora, os dois candidatos são "mal amados" e têm um interesse vital: melhorar sua imagem.

Clinton é quem tem mais a perder, diz o texto, porque precisará "corrigir a imagem de que é uma candidata arrogante, dissimulada e sem carisma, além de dar garantias de que está bem de saúde". Trump, por outro lado, com sua experiência de ex-apresentador de reality show é um perigo, segundo o Le Figaro. "O jeito direto que ele usa para falar com o povo agrada", na opinião do jornal. O que fica no ar é se o "rei da gafe" vai conseguir se controlar durante a hora e meia de debate.

O diário econômico Les Echos diz que o duelo entre os dois candidatos à sucessão de Barack Obama na Casa Branca "entusiasma" os Estados Unidos, citando os cem milhões de espectadores que podem assistir ao choque na TV. De tendência liberal, o jornal publica uma longa reportagem sobre os bastidores do duelo. A correspondente em Nova York conta que "o principal objetivo de Trump será colar em Hillary a imagem de uma candidata desonesta". Já Hillary, para responder aos eventuais ataques baixos do republicano, se preparou ao longo de uma semana debatendo com "falsos Trump".

Nobel de Economia diz que Trump é um impostor

Para Les Echos, nesta eleição os americanos não vão escolher um presidente com a mão no bolso, como é frequente em processos eleitorais. "Não é a economia que vai definir o pleito, e sim a imagem do candidato." O prêmio Nobel de Economia e professor da respeitada universidade de Yale Robert Shiller afirma ao jornal que Trump é "um impostor" e que nunca os Estados Unidos tiveram um candidato tão problemático, mesmo com toda a admiração que alguns americanos sentem por ele.

O jornal de esquerda Libération observa que muitos simpatizantes de Trump "querem acabar com o que eles consideram uma elite, uma aristocracia que os oprime com a soberba".

O católico La Croix nota que o mundo assistirá atento ao debate. "De um lado está uma candidata comprometida com o que foi feito até agora por Obama", enquanto do outro lado é "um salto no escuro". A opção por Hillary nessas condições é óbvia", conclui La Croix.

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