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Colômbia/Nobel

Presidente colombiano doa dinheiro do Nobel da Paz a vítimas das Farc

O presidente Juan Manuel Santos, laureado do prêmio Nobel da Paz na última sexta-feira (7), anunciou neste domingo que vai doar o dinheiro da recompensa (cerca de R$ 3,5 milhões) às vítimas do conflito com a guerrilha das Farc.

Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, abraça uma vítima do massacre de Bojayá, ocorrido em 2002.
Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, abraça uma vítima do massacre de Bojayá, ocorrido em 2002. Colombian Presidency /Handout via Reuters
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Santos disse ter se reunido com sua família para tomar a decisão. O anúncio foi feito durante uma cerimônia religiosa em Bojaya, no nordeste do país. Em 2002, 79 pessoas refugiadas em uma igreja da cidade morreram durante os combates entre a guerrilha das Farc e grupos paramilitares “Esse grande prêmio é acompanhado de uma soma em dinheiro. Quero anunciar que eu e minha família decidimos doá-la dinheiro às vítimas”, declarou.

O chefe de estado colombiano e o líder das Farc, Timoleon Jiménez, conhecido como Timochenko, assinaram no dia 26 de setembro um acordo que coloca fim a um conflito que já dura mais de 52 anos e deixou mais de 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados.

Referendo contra o acordo

Para surpresa geral, 50,2% dos eleitores colombianos rejeitaram o acordo no referendo realizado no domingo passado, 2 de outubro. O resultado obriga as duas partes a retomarem as negociações. A consulta popular também foi marcada por uma abstenção recorde, de mais de 62%.

"Vamos perseverar, vamos persistir, persistir, persistir e persistir até que consigamos implementar o acordo assinado com as Farc", afirmou Santos. Se tiver que fazer ajustes ao que já acordamos, então faremos ajustes", acrescentou. "Tenham certeza de que vamos implementar estes acordos", disse Santos no culto, marcado por cânticos religiosos populares pedindo paz e reconciliação.

Na última sexta-feira, os negociadores se comprometeram, em um comunicado, a manter o cessar-fogo “bilateral e definitivo” e a promover “ajustes” para tornar o acordo “aceitável” para a população.

 

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