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Dia de “grande temor” escreve Libération sobre eleições nos EUA

Sem surpresa, todos os jornais franceses desta terça-feira (8) destacam a eleição presidencial nos Estados Unidos. Os jornais analisam que independentemente do resultado, essa campanha americana, inédita por sua agressividade, revela um país profundamente dividido e visões opostas do mundo.

A eleição presidencial nos Estados Unidos divide o país, dizem os jornais franceses desta terça-feira (8).
A eleição presidencial nos Estados Unidos divide o país, dizem os jornais franceses desta terça-feira (8). RFI
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“Grande temor” é a manchete de capa de Libération sobre as eleições americanas. O título foi impresso em cima de uma foto em preto e branco do candidato republicano, Donald Trump. A violência verbal inédita que marcou a campanha eleitoral nos Estados Unidos vai deixar um país dividido, aponta o jornal de esquerda.

Essas eleições representam o choque de duas Américas, explica Le Figaro. A candidata democrata, Hillary Clinton, e o republicano Donald Trump se opõem em tudo. O resultado da votação desta terça-feira pode levar a orientações radicalmente diferentes para os Estados Unidos e para o mundo, acredita o jornal conservador. Resumindo, o que está em jogo são duas grandes correntes: o isolacionismo, defendido por Trump, ou o intervencionismo, defendido por Hillary.

Europeus preferem Hillary Clinton

Em editorial, Le Figaro diz que os europeus, e os franceses em particular, preferem Hillary Clinton. Uma escolha baseada tanto no estilo quanto no programa mais moderado da candidata democrata. A vulgaridade de Donald Trump é mal vista, inclusive por políticos que criticam o sistema tradicional que Hillary representa. A democrata preza as antigas alianças e não deve, como o promete o republicano, rediscutir os acordos comerciais em vigor, informa o texto.

Les Echos acha também que os projetos dos dois candidatos à Casa Branca são muito diferentes. Política fiscal, meio ambiente ou imigração: tudo separa Hillary Clinton e Donald Trump, afirma o diário econômico.

O mundo está de olho nos Estados Unidos nesta terça-feira. Cerca de 200 milhões de americanos vão as urnas para escolher o presidente, os novos deputados e senadores do país. Inocentada no último minuto pelo FBI nas investigações sobre a utilização de um provedor privado quando era secretária de Estado, a candidata democrata lidera na maioria dos estados-chave, mas a vantagem é pequena e a votação promete ser tensa, adianta o jornal.

Coabitação entre democratas e republicanos ameaça de novo EUA

Les Echos já pensa no pós-eleição e diz que se Hillary for eleita, ela deverá compor com uma maioria republicana no Congresso. O espectro da coabitação, que paralisou a administração Obama, paira de novo sobre o país. Mas, o jornal ressalta que a eleição de hoje também vai servir para reformar os Estados Unidos.

Os eleitores vão votar em mais de 150 referendos, organizados em nível local e estadual, seja pela legalização da maconha, pelo fim da pena de morte ou pelo aumento do salário mínimo, por exemplo.

"Sonho Americano?" é a pergunta estampada na capa do Aujourd'hui en France. O diário destaca que a poucas horas desta eleição histórica, muitos eleitores estão indignados pelo tom desta campanha inédita. "Entre a sábia Clinton e o populista Trump, a escolha do 45° presidente dos Estados Unidos vai trazer consequências para o mundo inteiro", adverte o jornal.

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