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Charleston/massacre

Autor de massacre racista nos EUA dispensa testemunhas e defesa para julgamento

Dylann Roof, o supremacista branco que matou nove integrantes da Igreja Metodista Episcopal Emanuel African, em Charleston, nos EUA, em juho de 2015, reafirmou nesta quarta-feira (28) que vai representar a si próprio durante seu julgamento.

Dylann Roof, autor da chacina em Charleston, depois de preso (19/06/15).
Dylann Roof, autor da chacina em Charleston, depois de preso (19/06/15). REUTERS/POOL
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O jovem, de 22 anos, também declarou não chamará testemunhas para depor a seu favor no julgamento que vai decidir se ele vai ser senteciado à pena de morte ou à prisão perpétua.

"Até onde sei, não tenho a intenção de apresentar nenhuma prova durante o julgamento, ou chamar testemunhas", disse Roof ao juiz federal Richard Gergel em uma sessão em Charleston, de acordo com o jornal local "The Post and Courier".

Roof declarou também que não irá argumentar sofrer de problemas mentais para conseguir convencer o júri a salvar sua vida.

Crime de ódio resutando em morte

O governo planeja chamar mais de 30 testemunhas, em sua maioria sobreviventes e membros da família das vítimas do ataque, para participar da fase de julgamento, segundo o jornal. O mesmo júri considerou o jovem culpado em todas as 33 acusações contra ele, incluindo a de crime de ódio resultando em morte, no início do mês.

Roof declarou ter sido o responsável pelo massacre ocorrido em junho de 2015, realizado após participar de um estudo bíblico de noite na igreja. Durante a primeira fase do julgamento, a corte assistiu um vídeo de confissão, seguido de sua prisão um dia após o ataque. Nele, Roof justificou suas ações utilizando o argumento de que afro-americanos cometem crimes contra pessoas brancas.

"Eles matam brancos todos os dias"

"Alguém tinha que fazer algo, já que negros matam brancos todos os dias," acrescentou, sem demonstrar qualquer emoção, ao agente especial da FBI que o interrogava. "Eles estupram cem pessoas brancas todos os dias", prosseguiu.

Três membros do estudo bíblico da igreja sobreviveram ao massacre. A igreja, também conhecida como "Mãe Emanoel", é uma das mais antigas congregações negras dos Estados Unidos, com laços fortes na luta contra a escravidão e segregação racial.

(com informações da AFP)

 

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