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Estados Unidos: primeira onda de deportações da era Trump

As autoridades americanas prenderam e expulsaram, na semana passada, centenas de pessoas em situação irregular, consideradas "prioritárias" na lista de deportações. Apresentadas como "rotineiras", essas são as primeiras operações da era Trump e espalharam pânico nas comunidades de imigrantes.

A haitiana Marieline Jean, em Port-au-Prince. Ela foi deportada dos Estados Unidos em 30 de janeiro de 2017.
A haitiana Marieline Jean, em Port-au-Prince. Ela foi deportada dos Estados Unidos em 30 de janeiro de 2017. REUTERS/Andres Martinez Casares
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As operações dos agentes do Serviço de Imigração (ICE) - a agência federal especializada em deportações - tiveram como alvo as casas de imigrantes clandestinos em Los Angeles, Nova York, Chicago, Austin, Miami e outras cidades. "Os alvos dessas operações não diferem das detenções seletivas e de rotina feitas diariamente pelas equipes de busca de fugitivos", declarou a porta-voz do ICE, Jennifer Elzea.

Segundo o jornal The Washington Post, a quantidade de detenções chega a várias centenas de imigrantes. Em Los Angeles, o diretor do ICE, David Marin, disse à imprensa que 160 pessoas foram detidas, sendo que 75% delas possuem pesadas condenações. Outras - sem antecedentes penais - foram detidas na mesma batida, completou.

Na sexta-feira à noite, 37 indivíduos em situação ilegal no país já haviam sido expulsos para o México. "As matérias (da imprensa) que evocam controles nas estradas ou operações aleatórias são falsas, e isso é perigoso e irresponsável", denunciou Marin, segundo o jornal Los Angeles Times, ressaltando que seus serviços realizam, com frequência, esse tipo de operação seletivas, como fizeram em julho de 2016 e em agosto de 2015".

As detenções - realizadas em residências e locais de trabalho - provocaram a mobilização de legisladores nas regiões afetadas, em particular na Califórnia e em Los Angeles, onde o instituto de pesquisa Pew considera que exista cerca de um milhão de pessoas em situação irregular. Estima-se que a população total nessa condições nos Estados Unidos chegue a 11 milhões de pessoas.

"A mudança de política do presidente Trump trai nossos valores", protestou a senadora da Califórnia, Dianne Feinstein. As mesmas operações estão sendo realizadas em Austin, no Texas, onde vivem 100.000 pessoas em situação irregular. Em Nova York, cidade que abriga a maior população de imigrantes nessa condição (1,15 milhão, segundo o Pew), centenas de pessoas foram às ruas perto dos escritórios dos serviços de imigração.

Em um decreto sancionado em 25 de janeiro, o presidente Donald Trump priorizou a expulsão dos imigrantes em condição clandestina com antecedentes penais, ou acusados de terem cometido crimes.

(Com informações da AFP)
 

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