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EUA/Canadá

Apesar das divergências, Trump se esforça para manter laços com Canadá

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira (13) um comércio de "reciprocidade" com o Canadá. Declaração foi feita durante o primeiro encontro do chefe da Casa Branca com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.

Justin Trudeau e Donald Trump após reunião em Washington.
Justin Trudeau e Donald Trump após reunião em Washington. REUTERS/Kevin Lamarque
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"Os Estados Unidos são muito sortudos de terem um vizinho como o Canadá", disse Trump em coletiva de imprensa após a reunião com Trudeau. O presidente americano ressaltou a oportunidade de "construir ainda mais pontes" de comércio. "Achamos que nossos países são mais fortes quando juntamos nossas forças em matéria de comércio internacional", disse Trump.

As declarações parecem atenuar as divergências marcantes entre os dois líderes sobre o tema. Mesmo se Trump e Trudeau convergem sobre alguns projetos, como a construção do oleoduto Keystone XL, que leva petróleo do território canadense para as refinarias da Costa do Golfo, o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), firmado entre Canadá, Estados Unidos e México, ainda divide.

Trump havia prometido renegociar, ou até mesmo descartar o texto, classificando o tratado como uma "catástrofe" para os empregos americanos. Já Trudeau, ferrenho apoiador do livre-comércio, sempre enfatizou a importância do Nafta para a economia de seu país.

Acolhimento de refugiados é outra fonte de divergência

Trudeau afirmou que seu governo pretende manter sua posição sobre o acolhimento de migrantes. "Continuaremos com a nossa política de abertura a imigrantes e refugiados sem comprometer nossa segurança", disse o premiê, sem comentar a posição de Washington, mesmo se lembrou que o Canadá recebeu cerca de 40 mil refugiados nos últimos anos.

Já Trump defendeu sua política migratória "dura" mas de "senso comum", prometendo mantê-la, apesar da decisão da corte de apelações sobre o bloqueio ao seu decreto que proíbe a entrada no país de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. "É uma política de senso comum, talvez de certa dureza (...) e vamos mantê-la com vigor", disse Trump na coletiva.

Para o chefe da Casa Branca, os Estados Unidos “devem deixar entrar pessoas que podem amar nosso país. Mas nós não podemos deixar más pessoas entrar”, disse o presidente. “Nós devemos criar fronteiras”, completou.

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