Americanos serão prejudicados com plano de Trump para saúde, avisa Obama
O ex-presidente americano Barack Obama rompeu nesta quinta-feira (23) seu longo silêncio desde que deixou a Casa Branca para alertar contra qualquer alteração no atual sistema de saúde público que possa atingir milhões de americanos.
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Em um comunicado, Obama disse que o ponto de partida de qualquer mudança deveria ser para melhorar o sistema, "e não torná-lo pior para milhões de trabalhadores americanos". Na nota, emitida quando se completa nesta quinta o sétimo ano da aprovação do sistema de saúde que é considerado um legado de seu governo, o ex-presidente assinala que foi o primeiro líder do país a definir a saúde pública como um direito de todos.
"Depois de um século de conversações, décadas de tentativas e um ano de debate partidário, nossa geração teve êxito. Finalmente declaramos que, nos Estados Unidos, o cuidado com a saúde não é privilégio para poucos e sim um direito de todos", destacou. Obama enfatizou que em cada oportunidade é necessário "continuar a construir a partir dessa legislação".
O presidente Donald Trump prometeu durante sua campanha eliminar o sistema Obamacare e, nesta quinta, o Congresso deve iniciar o debate pra votar um projeto de lei - já chamado de 'plano Trump'. Porém, a discussão deverá ser longa e difícil.
Diversas fontes afirmam que o plano proposto pela Casa Branca deixará um enorme número de americanos sem cobertura médica, um contingente que o departamento de estatísticas do próprio Congresso calcula em 14 milhões de pessoas.
Na véspera da votação, partidários de Trump investiam nas articulações para revogar o Obamacare, mas até ontem à noite a Casa Branca não tinha certeza se conseguiria obter os 216 votos necessários para revogar o sistema criado pelo ex-presidente democrata.
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