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Venezuela/crise

Tribunal de Justiça da Venezuela devolverá poder ao Parlamento, diz Maduro

O presidente venezuelano Nicolas Maduro anunciou neste sábado (1) que a Corte Suprema vai voltar atrás na decisão de asssumir as funções do Parlamento, dominado pela oposição. Uma manifestação massiva havia sido convocada para hoje no país. 

Manifestante critica decisão do Tribunal de Justiça venezuelano
Manifestante critica decisão do Tribunal de Justiça venezuelano REUTERS/Marco Bello
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A decisão foi tomada durante uma reunião convocada pelo Conselho de Defesa da Nação, no meio da noite, e visa manter "a estabilidade institucional e o equilíbrio dos poderes", diz o texto do acordo.

A decisão do Tribunal Supremo de Justiça venezuelano de assumir as funções do Parlamento, dominado pela oposição, desencadeou uma nova crise política na Venezuela. Julio Borges, presidente do Parlamento, acusa o presidente Nicolas Maduro de quebrar a ordem institucional. A decisão provocou até mesmo um racha entre chavistas.

Paralelamente, o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou para a próxima segunda-feira (3), em Washington, uma reunião urgente para analisar a situação no país.

Os governos do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai, membros da União Sul-americana de Nações (UNASUL), condenaram em um comunicado conjunto a crise provocada pelas sentenças do STJ na Venezuela.

Argentina convoca reunião

A Argentina também convocou para hoje, em Buenos Aires, uma reunião urgente de chanceleres do Mercosul para analisar a situação.

O chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, afirmou que a Venezuela pode ser excluída do Mercosul.

Já o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, pediu nesta sexta (31) ao Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela que "reconsidere sua decisão" de assumir os poderes do parlamento.

Estados Unidos, União Europeia, Canadá e vários outros países latino-americanos (Chile, Peru, México, Panamá e Guatemala) também denunciaram a decisão da corte venezuelana O Peru retirou seu embaixador de Caracas e Chile e Colômbia convocaram seus diplomatas para consultas.

Grupos de estudantes protestaram em vários pontos de Caracas, mas foram reprimidos pela polícia. Dois universitários e um jornalista foram detidos durante o protesto. A oposição convocou uma uma nova manifestação para este sábado.

 

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