Jovem de 17 anos morre durante "mãe de todas as marchas" na Venezuela
O que se temia, aconteceu. A violência explodiu durante os protestos desta quarta-feira (19) entre opositores ao governo de Nicolás Maduro e policiais. Um jovem morreu com um tiro na cabeça, elevando para seis o número de vítimas em manifestações contra o poder.
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Foi o presidente do Hospital Clínicas Caracas, Amadeo Leiva, que deu a notícia à imprensa: "Ele morreu. Estava em um ponto da concentração da oposição e recebeu um tiro de um dos agentes motorizados que, antes, jogavam bombas de gás lacrimogênio contra a concentração", afirmou o médico, explicando que a bala "estava alojada no cérebro. "Ele entrou no hospital com sinais vitais, mas esse tipo de ferimento tem alta taxa de mortalidade", acrescentou.
A procuradora-geral Luisa Ortega anunciou que vai investigar a morte do jovem e pediu aos órgãos de segurança do Estado "que garantam" o direito de manifestação pacífica.
"Mãe de todas as marchas" bloqueada pela polícia
As forças de segurança impediram que o protesto iniciado em 20 pontos da cidade, batizado como " a mãe de todas as marchas pelos opositores", chegasse ao coração de Caracas, onde manifestantes chavistas também protestavam. Em várias áreas da capital foram registrados distúrbios depois que a polícia e o exército lançaram gás lacrimogêneo contra os opositores do presidente Nicolás Maduro, que responderam com pedras.
Focos de conflitos também foram registrados em trechos da estrada Francisco Fajardo, a principal do país, bem como nos bairros de San Bernardino, onde o jovem foi ferido, EL Paraíso, Quinta Crespo e San Martin, no oeste da cidade.
Opositores também manifestavam nesta quarta-feira em diferentes cidades da Venezuela.
(Informações AFP)
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