Acessar o conteúdo principal
EUA

Procurador independente investiga Trump por obstrução à justiça

O procurador independente Robert Mueller, que investiga a suposta interferência da Rússia na campanha eleitoral dos Estados Unidos em 2016, apura se o presidente Donald Trump tentou obstruir a justiça. A revelação foi feita na quarta-feira (14) pelo jornal The Washington Post.

O presidente americano, Donald Trump, está na mira do procurador independente Robert Mueller.
O presidente americano, Donald Trump, está na mira do procurador independente Robert Mueller. REUTERS/Kevin Lamarque
Publicidade

Citando fontes anônimas, o jornal informa que funcionários do serviço de inteligência aceitaram prestar depoimento a investigadores que trabalham para Mueller. Entre eles, estão o diretor nacional de Inteligência, Daniel Coats, o chefe da Agência Nacional de Segurança, Mike Rogers, e seu ex-auxiliar Richard Ledgett. Les devem ser chamados para depor ainda esta semana, escreve The Washington Post.

O que mais intriga dos investigadores é a demissão, no dia 9 de maio do então diretor do FBI, James Comey, pelo próprio Donald Trump. Mueller, um ex-diretor do FBI, analisa a hipótese de um possível esforço do presidente para obstruir a ação da Justiça na investigação, assinala o jornal.

Citando funcionários, o Washington Post acrescenta que um dos pontos de interesse de Mueller é uma reunião que ocorreu em 22 de maio, quando Coats disse a seus colegas que Trump pediu sua intervenção para que Comey deixasse de investigar o ex-assessor de segurança Mike Flynn no caso sobre a interferência russa nas eleições. Poucos dias depois da reunião, Trump falou separadamente com Coats e Rogers para pedir que emitissem declarações assinalando que não havia provas sobre ligações entre sua equipe de campanha e a Rússia. Segundo o Washington Post, os dois funcionários se negaram a emitir as declarações.

Trump continua negando qualquer relação entre ele ou algum de seus assessores com a Rússia durante a campanha eleitoral. Segundo o advogado do presidente, Marc Kasowitz, o FBI está por trás da notícia do Washington Post. Ele classificou o vazamento de "indigno, indesculpável e ilegal", mas não desmentiu a versão.

Reunião com democratas

Mueller relatou seu trabalho na quarta-feira a um grupo de senadores. "Devo admitir que mantivemos uma reunião com o procurador independente Mueller, mas não vou falar do conteúdo", disse à imprensa o democrata Mark Warner, que integra a Comissão de Inteligência do Senado.

A presidente do Comitê Nacional Republicano, Ronna McDaniel, considerou as acusações infundadas e avaliou que "não mudarão nada". "Não há provas de obstrução e antigos e atuais líderes da comunidade de inteligência têm dito, repetidas vezes, que não houve esforços para impedir a investigação de qualquer forma. Os contínuos vazamentos ilegais são o único crime que estão cometendo aqui", afirmou McDaniel.

(Com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.