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Polícia proíbe passeata da extrema-direita "branca" no Estado da Virginia

Militantes contra o racismo e grupos da direita radical americana enfrentaram-se violentamente neste sábado em Charlottesville, no Estado de Virginia. O presidente Donald Trump denunciou o ódio contido nos participantes, e a polícia acabou proibindo o evento.

Nacionalistas brancos marcham com tochas perto da Universidade de Virginia, em Charlottesville, em 12 de agosto de 2017
Nacionalistas brancos marcham com tochas perto da Universidade de Virginia, em Charlottesville, em 12 de agosto de 2017 Alejandro Alvarez/News2Share via REUTERS
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Denunciar o projeto da cidade de Charlottesville de retirar do jardim municipal da cidade uma estátua de um general sulista que era a favor da escravidão.

Esta foi a motivação do ato da extrema-direita contra  judeus, negros, imigrantes e homossexuais. Antes mesmo de começar, os grupos opostos já estavam trocando socos, dando pauladas e ançando projéteis. E neste clima de grande tensão, o temor de agressões mais graves se justificava pela presença ostensiva de armas pelos manifestantes, permitida pela lei do Estado da Virgina.

Membros de milícias de extrema-direita se posicionaram em trajes paramilitares, com fuzis semiautomáticos. Grupos da direita radical como Ku Klux Klan e néonazistas pretendiam denunciar o projeto da cidade de Charlottesville de retirar do jardim municipal da cidade uma estátua de um general sulista que era a favor da escravidão.

Diante da ameaça real de um banho de sangue, a justiça decidiu proibir a passeata e o esvaziamento do local. O governador da Virginia, Terry McAuligge, declarou estado de emergência, medida que permite a mobilização de um número maior de policiais.

Trump reage e condena "o ódio"

"Devemos todos nos unir e condenar tudo o que representa o ódio. Não há lugar na América para esse tipo de violências", tuitou o presidente. Até a primeira-dama, Melania Trump, tuitou: "Nada de bom emerge da violência".

Alguns militantes presentes, pregando a supremacia da raça branca, portavam bandeiras de confederações, símbolo do racismo para grande parte dos americanos. Outros portavam insígnias nazistas.

"Esta manifestação poderia oferecer uma vitrine histórica do ódio, reunindo no mesmo lugar um número inédito de extremistas, nos últimos dez anos", declarou Oren Segal, diretor do Centro sobre o extremisto da Liga contra a Difamação (ADL), associação que combate o antissemitismo.

Para o organizador da passeata, Jason Kessler, a proibição foi "um ataque contra a liberdade de expressão e os direitos cívicos". O líder republicano no Congresso, Paul Ryan, considerou a reunião "um espetáculo repugnante".

Um veículo também atropelou várias pessoas durante a manifestação.

 

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