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A Semana na Imprensa

Será que a família Obama já estaria preparando sua volta ao poder?

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A revista francesa Le Point desta semana traz uma longa reportagem sobre a rotina do ex-presidente norte-americano Barack Obama e sua família. Seis meses após ter deixado o poder, o ex-chefe da Casa Branca tem se encontrado com vários líderes mundiais, sendo muito mais bem recebido que Donald Trump.

Tom informal marcou encontro de Barack Obama com primeiro-ministro canadense Justin Trudeau em Montreal no mês de junho.
Tom informal marcou encontro de Barack Obama com primeiro-ministro canadense Justin Trudeau em Montreal no mês de junho. Prime Minister's Office/ www.pm.gc.ca
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A reportagem, realizada pela correspondente da revista em Washington, questiona quais seriam as ambições futuras de Barack Obama. O texto relata que o democrata tem aproveitado as férias viajando pelo mundo com a família, principalmente em lugares paradisíacos, como o Tahiti, Bali, ou ainda uma ilha privada no Caribe, propriedade de Richard Branson, o dono do grupo Virgin.

Além disso, comenta Le Point, desde que Obama deixou o poder, todos os passos da família são seguidos como se eles fossem estrelas. Como em fevereiro, quando a passagem do ex-presidente por uma loja da Stakbucks em Nova York criou tumulto na cidade. “As redes sociais dissecam todos os movimentos de Michelle e Barack Obama como se eles fossem Beyoncé e Jay-Z”, compara o texto.

Porém, o que tem interessado muito mais em Washington são os encontros extraoficiais que o ex-presidente tem com os líderes mundiais, apesar das férias da política. As imagens de Obama em um restaurante de Montreal com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, mostram que o democrata tem as portas abertas junto aos dirigentes de vários países, frisa a reportagem.

“Antes do encontro com o canadense, o ex-presidente norte-americano se encontrou com os ex-primeiros-ministros da Itália, Matteo Renzi, e do Reino Unido, David Cameron. Já no início de julho, Obama se reuniu com os presidentes da Indonésia e da Coreia do Sul, sem esquecer das inúmeras conversas telefônicas com o francês Emmanuel Macron”, relata Le Point.

Acolhido com sorrisos por Angela Merkel

Em todos os casos, Obama é recebido de forma amistosa, o que destoa do tratamento dado com frequência ao atual presidente Donald Trump, analisa a revista, usando como exemplo a chanceler alemã Angela Merkel, que se encontrou com o democrata e o republicano no mesmo dia no mês de maio. “O contraste não podia ser mais visível. Pela manhã, a líder europeia não poupava sorrisos durante um evento com Obama, que respondia com elogios a ‘uma de suas parceiras favoritas’. Já à tarde, Merkel retomou uma cara carrancuda enquanto ouvia Trump criticar a Otan em Bruxelas”, compara a reportagem.

O dinamismo do ex-chefe da Casa Branca incomoda os republicanos em Washington, que já reclamaram da onipresença de Obama na cena internacional. O democrata, no entanto, sempre disse que não pretendia entrar em conflito com Trump e que esse não era seu papel.

No entanto, várias vezes Obama criticou seu sucessor nos últimos seis meses. Mesmo se não alfinetou diretamente Trump, o democrata já saiu algumas vezes do silêncio para defender o Obamacare, o acordo contra o aquecimento climático, ou se opor às medidas anti-imigração impostas pelo milionário republicano.

Além disso, todos também estão de olho no que pretende fazer Michelle Obama, que aparece muito mais que a atual primeira-dama Melania Trump, e que muitos veem como uma possível presidenciável. Será que após Barack agora será a vez de Michelle Obama ofuscar Donald Trump, insinua a revista francesa Le Point.

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