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Dezenas de caminhões florestais são incendiados no Chile: “atentado”, diz governo

Pelo menos 29 caminhões florestais foram incendiados nesta segunda-feira (28) na região de Los Ríos, no sul do Chile, em uma ação classificada como um "atentado" pelas autoridades locais.

Pelo menos 29 caminhões florestais foram queimados em San Jose de La Mariquina, no Chile, 28 de agosto de 2017.
Pelo menos 29 caminhões florestais foram queimados em San Jose de La Mariquina, no Chile, 28 de agosto de 2017. REUTERS/Miguel Angel Bustos
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"Soubemos de um ataque a caminhões florestais na região de Los Ríos nesta segunda-feira (28). Vamos combater esta violência", afirmou a presidente Michelle Bachelet, após o ataque na zona de San José de La Mariquina. Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria dos incêndios.

O sul do Chile é, com frequência, palco de ataques incendiários. Alguns já foram reivindicados por grupos mapuches radicais, que exigem a restituição de terras indígenas, que consideram suas por direitos ancestrais. O subsecretário do Interior, Mahmud Aleuy, viaja nesta segunda à tarde para a região. Ele vai avaliar as ações judiciais possíveis contra os responsáveis pelo ataque.

Lei antiterrorista triplica as penas

"Como governo, condenamos esse tipo de ato. Estamos esperando que o procurador regional nos forneça mais dados para poder, efetivamente, estabelecer que tipo de lei vamos aplicar neste caso", acrescentou Aleuy. A legislação chilena permite, nesses casos, aplicar uma severa lei antiterrorista, que triplica as penas em relação à norma ordinária, aplicada em outras situações para crimes cometidos por indígenas mapuches.

Há dez dias, outros 18 caminhões foram queimados na cidade de Temuco (800 km ao sul de Santiago), em um ataque atribuído ao grupo radical "Weichan Auka Mapu", que apoia a demanda mapuche. Na segunda-feira passada (21), a Justiça chilena iniciou um julgamento oral contra 11 indígenas da etnia, acusados de planejar e executar um atentado incendiário. O episódio causou a morte de duas pessoas no sul do Chile, em 2013. Na ocasião, o líder mapuche Celestino Córdova foi condenado a 18 anos de prisão em 2014, acusado de provocar um incêndio que deixou uma vítima.

Os mapuche são a etnia mais numerosa do país com cerca de 700 mil membros, dentro de uma população total chilena estimada em 17,5 milhões de pessoas, e registram índices de pobreza superiores à média nacional.

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