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Venezuela: esposa de opositor de Maduro é impedida de viajar para a Europa

A esposa do opositor venezuelano preso Leopoldo López afirmou neste sábado (2) que agentes do aeroporto de Caracas a impedira de viajar para "uma série de reuniões" com líderes de França, Alemanha, Espanha e Reino Unido. Lilian Tintori afirmou no Twitter que oficiais de imigração venezuelana confiscaram seu passaporte sob ordens da Procuradoria.

Lilian Tintori, esposa do opositor venezuelano preso Leopoldo López, disse que os agentes do aeroporto de Caracas a impediram, neste sábado (2), de viajar à Europa.
Lilian Tintori, esposa do opositor venezuelano preso Leopoldo López, disse que os agentes do aeroporto de Caracas a impediram, neste sábado (2), de viajar à Europa. Reprodução Twitter
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Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López, afirma ter previsto reuniões com o presidente francês, Emmanuel Macron, a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, e a primeira-ministra britânica, Theresa May, para discutir a crise política na Venezuela.

Líderes internacionais acusam o presidente Nicolás Maduro de desmantelar a democracia ao assumir o controle das instituições da Venezuela para resistir à pressão da oposição pela sua saída, em meio a uma crise econômica que causou escassez de alimentos e remédios.

No Twitter, o presidente francês afirmou que "nós esperamos Lilian Tintori na Europa. A oposição venezuelana deve continuar livre", em 2 de setembro de 2017.
No Twitter, o presidente francês afirmou que "nós esperamos Lilian Tintori na Europa. A oposição venezuelana deve continuar livre", em 2 de setembro de 2017. Reprodução Twitter

O presidente francês, Emmanuel Macron, reagiu à notícia neste sábado (2) no Twitter dizendo que "nós esperamos Lilian Tintori na Europa. A oposição venezuelana deve continuar livre".

Tintori publicou no Twitter uma foto em que aparece no aeroporto com os embaixadores da Espanha, Alemanha e Itália, que ela disse serem "testemunhas dessa indignação pela ditadura". "Eles simplesmente me impediram de sair do país. A ditadura quer nos impedir de fazer uma turnê internacional muito importante", tuitou Tintori.

Críticas e polêmicas

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, considerou, neste sábado, "lamentável" a proibição de abandonar o território venezuelano imposta a Tintori, que ele tinha previsto receber em La Moncloa na terça-feira (5). "Podem prender as pessoas, mas não os ideais. Liberdade para a Venezuela", tuitou Rajoy.

Tintori está intimada a comparecer perante a Justiça após a polícia venezuelana confiscar, na terça-feira (29), cerca de 205 milhões de bolívares (mais de US$ 61 mil, no câmbio oficial) dentro de um de seus carros. Mais cedo, Julio Borges, presidente da Assembleia Nacional, de maioria opositora, informou no Twitter que viajaria para encontrar os mesmos líderes estrangeiros. Não ficou claro se Borges deixou o país.

O marido de Tintori foi condenado em 2015 a quase 14 anos de prisão por acusações de incitar a violência em protestos de rua que deixaram mortos. Em julho, López foi transferido para sua casa e colocado sob prisão domiciliar, depois de ter passado quase três anos e meio em uma prisão militar.

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