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Reportagem

Brasileiros se preparam para a chegada do furacão Irma à Flórida

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Prateleiras vazias nos supermercados, estradas congestionadas, centenas de voos cancelados. Silvano Mendes, na redação da RFI Brasil, conversou por telefone com o brasileiro Douglas Heizer, diretor do jornal The Boca Raton Tribune, na Flórida.

Destruição provocada pelo furacão Irma na ilha de São Martinho no Caribe.
Destruição provocada pelo furacão Irma na ilha de São Martinho no Caribe. Netherlands Ministry of Defence- Gerben van Es/Handout/Reuters
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Depois de deixar um rastro de destruição pelo Caribe, onde 23 pessoas morreram, o furacão Irma chega ao estado da Flórida. Um dos mais violentos furacões já registrados, com ventos que atingem 240 quilômetros por hora, Irma deve cobrir toda a Flórida, sem poupar nenhuma das cidades onde moram milhares de brasileiros.

“Desde domingo passado há uma histeria muito grande nos postos de gasolina, com filas imensas. Isso se deve ao que aconteceu em Houston (onde o furacão Harvey causou grande destruição na semana passada), e os brasileiros reagiram rapidamente à chegada do Irma”, comenta Douglas Heizer.

“Não há mais filas nos supermercados porque não há mais o que comprar (para estocar em casa). Os fogões são elétricos e, se faltar luz, não teremos como cozinhar nada. O maior problema tem sido a água (em garrafas), que já no domingo havia acabado. Como o comércio está fechado, as pessoas ficam em suas casas. Mas muita gente conseguiu viajar, desde terça-feira. As estradas estão congestionadas. Em vez de levar três horas de viagem entre Miami e Orlando, as pessoas estão levando oito horas. Também não há mais voos da Flórida para lugar nenhum. Os que não foram cancelados estão lotados”, conta Heizer.

Retirada da população

O governador da Flórida, Rick Scott, já ordenou a retirada da população de sete cidades ao redor do lago Okeechobee, 140 quilômetros ao norte de Miami.

“O problema da Flórida é que alguns setores podem ser inundados, pondo em risco a população que mora perto da praia, dos canais e lagos. Por isso, o governo está forçando a retirada de certos moradores. Por outro lado, para aqueles que não estão em áreas de risco, a orientação é ficar em casa. Se você tentar sair, você pode ficar sem gasolina na estrada. Então, é melhor ficar na sua casa, se ela estiver protegida”, avisa Douglas Heizer.

Rede de comunicação pelo Whatapp

Enquanto o consulado brasileiro em Miami está em estado de alerta, Heizer confirma que a comunidade está unida, mantendo-se em contato. “Os brasileiros aqui são muito solidários. Todo mundo ampara todo mundo. Nós estamos preparando uma rede de contatos pelo Whatsapp para nos mantermos informados, em caso de necessidade, durante o furacão. É um tomando conta do outro”, finalizou o diretor do jornal Boca Raton Tribune.

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