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Porto Rico fica completamente devastado após furacão Maria

Devastado pela passagem do furacão Maria, Porto Rico avaliou nesta sexta-feira (22) a dimensão dos danos causados pelas tempestades, que deixaram mais de 20 mortos no Caribe. Território dos Estados Unidos, a região ficou sem eletricidade e incomunicável. Segundo o último balanço, 13 pessoas morreram e 700 foram resgatadas no local depois da passagem do Maria.

Uma rua inundada no bairro de Juana Matos, município de Catano, depois da passagem do furacão Maria em San Juan, Porto Rico, 21 de setembro de 2017.
Uma rua inundada no bairro de Juana Matos, município de Catano, depois da passagem do furacão Maria em San Juan, Porto Rico, 21 de setembro de 2017. REUTERS/Dave Graham
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O furacão, agora rebaixado para a categoria 3 - depois de atingir a categoria máxima de 5 - deixou duas vítimas fatais em Guadalupe, 15 em Dominica, 13 em Porto Rico e três no Haiti. Mas é em Porto Rico que a situação é mais grave.

Chuvas torrenciais devem piorar a situação

Estão previstas chuvas torrenciais que deverão agravar as inundações no território de 3,4 milhões de habitantes, que poderão ficar sem eletricidade durante vários meses e com uma rede de telecomunicações quase totalmente destruída. O presidente norte-americano Donald Trump declarou o território "zona de grande desastre", o que libera fundos ilimitados de ajuda federal para a ilha. "Porto Rico está totalmente devastado e em um estado muito delicado", explicou Trump na quinta-feira (21).

O governador Ricardo Rosselló alertou que as coisas podem ficar ainda piores. "O que provoca mais mortes neste tipo de evento é a chuva", explicou, recordando que a ilha sofre com as tempestades deixadas pela cauda do furacão Maria, apesar do olho do furacão já estar quilômetros mar adentro. "Antecipamos que seria o maior desastre do século em Porto Rico e efetivamente o foi", acrescentou Rosselló.

Água até o segundo andar

Um vídeo difundido nas redes sociais por uma moradora do bairro de Toa Baja, em Porto Rico, mostra a água invadindo o segundo andar de sua casa. "Estamos presos, Deus nos ajude. Não podemos fazer nada", lamenta a mulher. "Não podemos subir no telhado por causa do vento, vejam as ondas", acrescenta.

Durante a noite, dezenas de famílias foram resgatadas deste bairro, um subúrbio da capital de San Juan, que inundou quando um lago transbordou. "Todos nós vivemos a pior noite de nossa vida, mas temos uma grande força interior", comentou Iris Rivera, de 53 anos, habitante da capital. "Todo mundo está ajudando a limpar a cidade, a organizar o trânsito, a apoiar seu vizinho".

Ocean Park, uma zona turística de San Juan, também está debaixo da água. Residentes presos no segundo andar de suas casas observam a inundação, enquanto outros, em botes e caiaques, verificam se seus vizinhos estão bem. Vários comércios foram saqueados e não se notava muita presença policial, apesar do governo ter divulgado informações sobre várias prisões. O governo porto-riquenho declarou ainda o toque de recolher noturno e estendeu a Lei Seca até sábado.

"A San Juan que conhecíamos desapareceu", afirmou a prefeita da capital, Carmen Yulin Cruz, que alertou que a ilha poderá ficar privada de eletricidade por um período de quatro a seis meses.

Veja as imagens da passagem do furacão Maria por Porto Rico:

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