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EUA/Coreia do Norte

"Paciência estratégica com Coreia do Norte acabou", diz Trump em coletiva no Japão

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que o tempo da "paciência estratégica" com a Coreia do Norte acabou, durante uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (6) em Tóquio.

O presidente americano Donald Trump e o premiê japonês Shinzo Abe durante a coletiva em Tóquio.
O presidente americano Donald Trump e o premiê japonês Shinzo Abe durante a coletiva em Tóquio. REUTERS/Kiyoshi Ota/Pool
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Trump iniciou neste domingo uma viagem pela Ásia, que termina com a participação no fórum da Associação de Nações do Sudeste Asiático, nas Filipinas, que começa dia 10. O presidente americano já havia deixado claro, em declarações anteriores, que uma intervenção militar não estava descartada para frear o programa nuclear norte-coreano. "O programa norte-coreano é uma ameaça para o mundo civilizado e para a paz e a estabilidade internacionais", declarou em Tóquio, a primeira escala de uma viagem pela Ásia dominada pela crise com Pyongyang. "A era da paciência estratégica acabou", completou, ao lado de seu anfitrião, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.

O premiê japonês declarou seu apoio a Trump e à política americana. A tensão entre o Japão e a Coreia do Norte aumentou depois que o regime de Pyongyang lançou dois mísseis que sobrevoaram o território norte-coreano. Segundo ele, o Japão derrubará mísseis norte-coreanos “se for necessário”, assegurando que os países manterão uma colaboração estreita. O chefe de governo japonês anunciou ainda que Tóquio pretende "congelar os bens de 35 organizações e personalidades norte-coreanas."

Logo na chegada, Trump disse que "nenhum ditador deve subestimar" os Estados Unidos. Mas em uma entrevista a um canal de televisão, que já estava gravada e foi exibida no domingo, não descartou um encontro com Kim Jong-Un. "Estaria disposto a fazer isto, mas veremos para onde isto vai dar. Acho que é muito cedo", disse, a respeito de uma eventual reunião com Kim, ao programa "Full Measure".

Coreia do Norte estaria preparando novo teste nuclear

Trump chegou ao Japão no domingo, em um momento especialmente tenso com a Coreia do Norte. O regime de Kim Jong-Un estaria planejando outro teste nuclear ou de mísseis. Esta é a primeira viagem de Trump ao continente asiático e a mais longa de um presidente americano em 25 anos.

Depois do Japão, Trump viajará para a Coreia do Sul, China e para a reunião de cúpula da APEC (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) no Vietnã. A viagem termina no fórum da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) na Filipinas, que começa no dia 10.

Reunião com o imperador Akihito

Nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos se reuniu com o imperador do Japão, Akihito. O encontro gerou muita expectativa pelo complexo protocolo da Casa Imperial e pelas críticas a seu antecessor, Barack Obama, que saudou o monarca com uma marcada reverência.

Trump driblou os obstáculos inclinando apenas a cabeça diante do imperador, em um encontro no qual estava acompanhado pela primeira-dama Melania. O presidente americano também tem um encontro programado com os parentes dos civis sequestrados pela Coreia do Norte para treinar seus agentes de espionagem e ensinar a língua e a cultura japonesa.

A aguardada visita foi ofuscada pelo tiroteio em uma igreja do Texas, que deixou pelo menos 26 mortos. No entanto, ele considerou que esta é uma questão de "saúde mental" e que o acesso às armas nos Estados Unidos não é o problema.

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