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Imprensa

Imprensa trata com sarcasmo aniversário da eleição de Trump, "o presidente troll"

O aniversário de um ano da eleição do presidente americano Donald Trump não passa despercebido na imprensa francesa. Para lembrar o 8 de novembro de 2016 - quando o mundo parou para acompanhar a batalha de votos entre o bilionário e a candidata democrata Hillary Clinton - a imprensa francesa adota um tom sarcástico.

Jornal Aujourd'hui en France desta quarta-feira (8) chama Donald Trump de "presidente troll".
Jornal Aujourd'hui en France desta quarta-feira (8) chama Donald Trump de "presidente troll". Reprodução/ Aujourd'hui en France
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"Os inacreditáveis tuítes do 'presidente troll'" é a manchete do jornal Aujourd'hui en France, que compara o republicano aos internautas anônimos que provocam polêmicas nas redes sociais.

O diário publica que, inscrito no Twitter desde 2009, Trump é uma das personalidades mais seguidas na plataforma. "Raramente se passam 24 horas sem que os 42 milhões de usuários desta rede leiam uma nova mensagem do presidente americano", publicações geralmente exageradas e em tom de vingança, escreve o jornal.

Aujourd'hui en France faz uma seleção das publicações mais polêmicas de Trump. Entre elas, o enfurecido tuíte garantindo a construção do muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México ou quando escreveu que Hillary Clinton não poderia ser uma boa presidente porque não conseguiu nem satisfazer seu próprio marido. O magnata se arrependeu desse tuíte, que aparentemente foi apagado.

Um ano nas capas das revistas e jornais

o Le Figaro marca a data selecionando as capas mais impactantes de jornais e revistas do mundo inteiro um ano após a eleição do bilionário. O diário fez sua escolha baseada em diferentes temas que marcaram os primeiros meses de mandato de Trump: como o choque da imprensa com a eleição do magnata, a questão racial, a crise com a Coreia do Norte e as supeitas da interferência da Rússia na campanha eleitoral.

Entre as capas destacadas, está a da revista brasileira Isto É do dia 18 de janeiro, a poucos dias da posse de Trump. Estampando o rosto do bilionário, a frase "E agora?" aparece em preto, como se fosse um bigode, imagem que remete os leitores à Adolf Hitler. "Para onde Trump levará o mundo" é a manchete desta publicação que, aos olhos de Le Figaro, marcou a cobertura da imprensa no início do mandato do magnata.

Governo motivado por "caprichos pessoais"

Já o jornal Libération faz uma análise mais profunda da eleição de Trump, publicando uma entrevista com o linguista e filósofo americano Noam Chomsky. O intelectual, crítico das mídias e do imperialismo americano, disseca as razões que incentivaram 63 milhões de americanos a votar no bilionário republicano.

Para Chomsky, não existem até hoje pesquisas suficientes que mostrem qual é o verdadeiro objetivo da agenda econômica, política, diplomática e ideológica do presidente americano. No entanto, para o linguista, o esquema é claramente motivado por "caprichos pessoais" de Trump. "A técnica, que ele domina perfeitamente, consiste em fazer declarações cada vez mais excêntricas e, enquanto os analistas perdem seu tempo tentando determinar o grau de mentira ou aproximação da realidade, ele já passou para a declaração seguinte e todo mundo já esqueceu a anterior", diz Noam Chomsky.

Uma estratégia que, segundo o intelectual, agrada parte de seu eleitorado e permite que a bancada mais feroz do Partido Republicano aja em prol de seus próprios interesses, servindo aos super ricos, a poderosas empresas e menosprezando uma população que Trump e seu governo julgam indigna, diz Noam Chomsky em entrevista ao jornal Libération.

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