União Europeia retira Farc da lista de grupos terroristas
A União Europeia (UE) retirou a guerrilha das Farc de sua lista de grupos terroristas, nesta segunda-feira (13), depois de ter suspendido sua inclusão em setembro de 2016, em função do acordo de paz então negociado com governo colombiano.
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"O Conselho [da UE] adotou os atos jurídicos que preveem a retirada das Farc da lista da UE de pessoas e entidades sujeitas a medidas restritivas para lutar contra o terrorismo", disse uma autoridade europeia.
Em 2002, a UE decidiu incluir as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em sua lista de organizações terroristas, a qual foi criada um ano antes, logo após os atentados do 11 de Setembro nos Estados Unidos. Sua inclusão implicava o congelamento de ativos do grupo em solo europeu.
Processo de paz
Em setembro de 2016, o bloco decidiu suspender a guerrilha, como uma medida para apoiar a Colômbia no processo de paz, e manteve essa suspensão, apesar da rejeição em um referendo na Colômbia do acordo alcançado dias antes entre governo e oposição.
Em novembro de 2016, porém, o governo de Juan Manuel Santos e as Farc finalmente assinaram este acordo de paz que pôs fim a mais de meio século de conflito armado que deixou 60.000 desaparecidos e 7,1 milhões de deslocados, segundo números oficiais.
A decisão do Conselho entra em vigor na terça-feira com sua publicação no Diário Oficial da UE. A última guerrilha ativa reconhecida por Bogotá, o Exército de Libertação Nacional (ELN), continua na lista europeia, enquanto o grupo mantém na Colômbia uma trégua com o governo.
Partido político
Após completarem a entrega total de armas ao governo colombiano, em junho de 2017, as Farc se transformaram em um partido político em setembro deste ano, mantendo a mesma sigla, que passou a designar a Força Alternativa Revolucionária do Comum.
Os ex-guerrilheiros apresentaram, na ocasião, um novo emblema, inspirado em outros movimentos socialistas, com uma rosa vermelha decorada com uma estrela em seu centro, e as letras Farc inscritas em verde.
No início deste mês de novembro, o ex-guerrilheiro Rodrigo Lodoño, conhecido como Timochenko, foi apresentado como candidato do partido às eleições presidenciais de maio de 2018.
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