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Desaparecido

Última mensagem de submarino desaparecido na Argentina reportava avaria

O submarino argentino San Juan, desaparecido no Atlântico Sul com 44 tripulantes, comunicou uma avaria nas baterias em seu último relatório, enviado na quarta-feira passada (15), antes que a Marinha da Argentina reportasse oficialmente seu desaparecimento.

O submarino argentino desaparecido San Juan, no momento em que deixava o porto de Buenos Aires, em 2014.
O submarino argentino desaparecido San Juan, no momento em que deixava o porto de Buenos Aires, em 2014. Armada Argentina/Handout via REUTERS
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"A embarcação foi à superfície e comunicou esta avaria, por isso o comando da força indicou que o submarino mudasse de rota e fosse para Mar del Plata", afirmou em coletiva de imprensa Gabriel Galeazzi, chefe da base naval da cidade localizada a 400 km ao sul de Buenos Aires. Até o momento, a informação fornecida não mencionava problemas técnicos e a hipótese oficial falava de uma falha nas comunicações.

Além disso, foi esclarecido que as sete tentativas de chamadas detectadas no sábado (18) e supostamente provenientes do submarino não se originaram dessa embarcação. "Recebemos oficialmente o informe da empresa que investigou todos os sinais e ficou explicado que as sete tentativas de comunicação no sábado não correspondem ao telefone por satélite do submarino", afirmou o porta-voz da Armada, a Marinha de Guerra argentina, Enrique Balbi, durante coletiva de imprensa em Buenos Aires.

As sete chamadas, que fizeram aumentar as expectativas de que a embarcação seria localizada, foram detectadas com a colaboração de uma empresa americana especializada em comunicação via satélite.

Mau tempo e ondas de até sete metros de altura

As buscas pelo submarino argentino San Juan, que perdeu contato com a base na quarta-feira, prosseguiram nesta segunda-feira (20). O persistente temporal que agita o mar nessa região, provocando ondas de mais de sete metros de altura, dificulta a operação de detectar o San Juan, na superfície ou submerso.

A zona de busca inicial era uma área de 300 km de diâmetro a 450 km da costa argentina no Golfo San Jorge, onde o submarino fez seu último contato. Mas a possibilidade de que se encontre à deriva sem propulsão e submetido a ventos de 90 km/h e fortes ondas por vários dias obrigou a ampliar por sete vezes essa área.

O San Juan navegava entre o porto de Ushuaia e o Mar del Plata, a 400 km ao sul de Buenos Aires, quando perdeu qualquer contato. Todos os navios na zona foram convocados para informar sobre qualquer pista ou sinal de comunicação do submarino, assim como as bases do litoral.

Brasil participa das buscas

A Argentina recebeu formalmente oferecimento de ajuda por parte do Brasil, Chile, Uruguai, Peru, Estados Unidos, Grã-Bretanha e África do Sul, segundo a Armada argentina.

Os Estados Unidos enviaram um sofisticado avião da Nasa, dois veículos submergíveis não-tripulados com sonares tridimensionais de grande alcance e o avião P8A Poseidon, o mais moderno de sua Marinha equipado com sensores e elementos de comunicação de última geração.

O Brasil despachou três embarcações e duas aeronaves de patrulha. Todas as embarcações civis na zona ajudam nos trabalhos de buscas.

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