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Argentina

Explosão de baterias é uma das hipóteses para sumiço de submarino

O submarino argentino ARA San Juan permanece desaparecido no oceano Atlântico há oito dias, com 44 pessoas a bordo. O cenário mais temido é a hipótese de uma explosão das baterias da embarcação, provocada por um curto-circuito.

Em Buenos Aires, Elena Alfaro, irmã de um dos marinheiros desaparecidos, chora devido à falta de informações sobre a localização do submarino.
Em Buenos Aires, Elena Alfaro, irmã de um dos marinheiros desaparecidos, chora devido à falta de informações sobre a localização do submarino. Fuente: Reuters.
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A Marinha argentina informou nesta quarta-feira (22) que investiga um ruído detectado no oceano Atlântico cerca de três horas após a última comunicação com o submarino desaparecido desde a manhã de 15 de novembro. No momento do contato, a embarcação navegava pelo Golfo San Jorge, a 450 km da costa argentina.

O porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, disse nesta quarta-feira (22) que uma "anomalia hidroacústica" foi interceptada "30 milhas ao norte de onde foi feito o último contato da tripulação e no caminho para Mar del Plata". O porta-voz não quis comentar a hipótese do ruído ser proveniente de uma explosão. Questionado sobre essa possibilidade, ele respondeu que "não faz conjecturas" e que é "preciso confirmar e investigar" o ruído. "Não vamos deixar isto (ruído) passar", enfatizou.

Na noite desta quarta-feira (22) três navios argentinos chegaram à zona indicada para uma busca. O avião de patrulha americano P-8 Poseidón, que colabora nas operações, deve fornecer em breve informações captadas por boias sonoras lançadas na região.

A situação é critica e se agrava com o avanço das horas devido ao fim do estoque de oxigênio a bordo.

Homenagem à tripulação

As autoridades argentinas já não escondem o pessimismo pela falta de indícios sobre a localização do submarino. Em uma homenagem feita nesta quarta-feira (22) na Câmara dos Deputados, a deputada Silvia Lospennato leu os nomes dos 44 tripulantes e encerrou dizendo: "Esperamos vocês em casa".  

Ontem, ao falar à imprensa local pela primeira vez, a juíza Marta Yañez, responsável pela investigação do caso, justificou a cautela da Marinha: "Estamos falando de uma embarcação de guerra, há informações muito sensíveis". Ela afirmou que "não há delito a investigar" e que a justiça busca apenas determinar as condições de imersão do equipamento.

O submarino havia zarpado no dia 11 de novembro de Ushuaia (3.200 km ao sul) para voltar à base de Mar del Plata (400 km ao sul). Na última comunicação, o comandante do San Juan informou à base naval um problema nas baterias e afirmou que seguiria a rota prevista. A embarcação deveria ter chegado em Mar del Plata no dia 19 ou 20.

Ao todo, 14 navios, 12 aviões e 4 mil homens participam das operações de busca, que incluem contingentes de Brasil, Alemanha, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Noruega, Peru, Grã-Bretanha e Uruguai.

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