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Cuba/Fidel

Cuba lembra primeiro aniversário da morte de Fidel Castro

O país celebra seu líder histórico neste sábado (25), que morreu em 2016 aos 90 anos, sem grandes comemorações. Nenhuma grande cerimônia popular foi programada para hoje, mas algumas homenagens foram programadas para lembrar do aniversário de um ano da morte do maior líder cubano.

Turistas passam em frente a foto de Fidel, no centro de Havana
Turistas passam em frente a foto de Fidel, no centro de Havana (Foto: Reuters)
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Em Havana, as comemorações serão marcadas por uma vigília na frente da universidade. O governo cubano ainda não confirmou se Raul Castro irá a Santiago, no sudeste de Cuba, onde estão as cinzas de Fidel. A discrição nas homenagens era um desejo do próprio líder cubano. A seu pedido, nenhuma rua, lugar ou praça foi batizado com seu nome. Também não há nenhuma estátua ou monumento que tenha sido construída em sua homenagem.

Vários eventos políticos e culturais foram organizados para marcar o aniversário da morte do pai da Revolução cubana. Diversos cartazes podem ser vistos no país com as inscrições "Fidel vive" ou "Somos Fidel". Idolatrado por uns e odiado por outros, Fidel Castro governou com mão de ferro Cuba e desafiou os Estados Unidos por mais de 50 anos, antes de ceder o poder ao seu irmão Raul, em 2006.

Cuba se prepara, aliás, para viver sua maior transição política. O irmão de Fidel, Raul Castro, se comprometeu a deixar o cargo até fevereiro de 2018, depois de 60 anos da dinastia Castro no poder.

Nove dias de luto

O país decretou nove dias de luto depois de sua morte, no ano passado. Suas cinzas atravessaram Cuba, em um cortejo acompanhado por milhões de pessoas. Elas percorreram 950 quilômetros em quatro dias. “Quase tudo o que temos, devemos a ele, a seus ideais”, disse o estudante Pablo Zamora, de 24 anos.

Leisi Chi, outro estudante de 22 anos, se lembra da dor provocada pela sua morte. “Todos nós ficamos sentidos, principalmente a juventude e o povo daqui, apesar de algumas pessoas terem comemorado o fato”.

Para Michael Shifter, presidente do grupo de reflexão Diálogo Interamericano, em Washington, a ausência de uma grande cerimônia não é surpreendente. “Sempre houve um grande respeito por Fidel e tudo o que ele fez pelo país, mas ele deixou a presidência há mais de dez anos. A memória e os aspectos positivos da herança que ele deixou aos poucos vão se esvanecendo, já que os cubanos vivem uma dura realidade”.

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