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Peru, Direitos Humanos

Fujimori pede perdão por crimes contra a humanidade

O ex-presidente peruano Alberto Fujimori pediu desculpas por seus crimes ao povo peruano, dois dias após ter sido perdoado pelo atual presidente do país, Pedro Pablo Kuczynski.

Foto de aquivo: O ex-presidente peruano Alberto Fujimori durante seu julgamento em Lima, 8 de janeiro de 2015.
Foto de aquivo: O ex-presidente peruano Alberto Fujimori durante seu julgamento em Lima, 8 de janeiro de 2015. REUTERS/Enrique Castro-Mendivil
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Em um vídeo publicado no Facebook nesta terça-feira (26), Fujimori, que aparece em sua cama no hospital, diz que está "consciente de que os resultados de seu governo foram, em parte, bem recebidos", mas reconhece que também "decepcionou alguns compatriotas."

O ex-presidente, de 79 anos, foi transferido da prisão para o hospital no sábado (23) sofrendo de pressão baixa e arrítmia cardíaca. Ele estava servindo uma sentença de 25 anos de prisão por corrução e crimes contra a humanidade durante seu governo de 1990 a 2000. 

Fujimori já serviu 12 anos de sentença, durante os quais já foi internado diversas vezes por problemas de saúde.

Perdão a Fujimori é criticado por parte da população

O presidente Pedro Pablo Kuczynski perdoou Fujimori e sete outros prisioneiros no domingo (24), véspera de natal, alegando razões humanitárias. Em um discurso televisionado, Kuczynski disse que o ex-presidente não deveria morrer na prisão e que "justiça não é vingança."

No entanto, a decisão foi criticada por parte da sociedade. Alguns inclusive especulam que o perdão tenha sido político, já que o filho de Fujimori ajudou o presidente a impedir um impeachment por corrupção na semana passada. 

Na segunda-feira (25), milhares de pessoas protestaram na capital Lima, pedindo a renúncia de Kuczynski. Entre eles, estavam familiares de 25 vítimas assassinadas pelo esquadrão da morte do exército durante o regime Fujimori.

A polícia usou gás lacrimogênio e barricadas para impedir que a multidão chegasse ao hospital onde Fujimori está sendo tratado. 

Apesar da condenação por abuso de direitos humanos, Fujimori mantém certa popularidade no país por ter derrotado guerrilhas de esquerda e por ter estabilizado a economia depois de uma grave crise econômica durante o governo de seu predecessor, Alan García. 

 

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