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EUA

Diante de onda de frio nos EUA, Trump ironiza aquecimento global

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou a onda de frio sem precedentes no país para ironizar sobre a existência do aquecimento global. A mensagem do bilionário, publicada em sua conta no Twitter, resultou em uma forte indignação de internautas e cientistas sobre a falta de compreensão do republicano sobre as mudanças climáticas.

Algumas cidades americanas, como Erie, no Estado da Pensilvânia, bateu recorde de queda de neve nos últimos dias.
Algumas cidades americanas, como Erie, no Estado da Pensilvânia, bateu recorde de queda de neve nos últimos dias. REUTERS/Robert Frank
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"No leste, esta poderá ser a véspera de Ano Novo mais FRIA de todos os tempos. Talvez possamos usar um pouco daquele bom e velho aquecimento global que nosso país, e nenhum outro, estava se preparando para pagar TRILHÕES DE DÓLARES para combater. Agasalhem-se! ", tuitou o presidente americano.

Há alguns dias, os Estados Unidos e o Canadá enfrentam uma onda de frio sem precedentes. Em algumas cidades americanas, os termômetros desceram até os -40°C. Muitas localidades registraram recorde de queda de neve, levando municípios a declarar estado de emergência.

O tuíte do presidente americano resultou em uma onda de revolta nas redes sociais. Trump sempre se mostrou cético quanto às mudanças climáticas, sentimento que o levou a retirar os Estados Unidos do Acordo Sobre o Clima de Paris este ano. O republicano não parece ter compreendido, no entanto, que o frio extremo na América do Norte pode estar relacionado ao aquecimento global.

Previsão do tempo não é a mesma coisa que mudança climática

"As mudanças climáticas são verdadeiras, mesmo se faz frio fora da Trump Tower neste momento", respondeu no Twitter o diretor da Academia das Ciências da Califórnia, Jon Foley.

"Em 2017, houve, em média, três recordes de calor nos Estados Unidos a cada recorde de frio. Previsão do tempo não é a mesma coisa que as mudanças climáticas. O presidente deveria compreender isso. Não é difícil ", tuitou a deputada democrata do Estado de Washington, Pramila Jayapal.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2017 deve entrar para a história como o ano mais quente desde que as temperaturas começaram a ser avaliadas no planeta, em 1850. O fato não deve, no entanto, convencer a administração republicana a dar meia-volta em algumas de suas polêmicas decisões sobre o clima, o como o relançamento da exploração do carvão e reservas de gaz e de óleo de xisto em áreas protegidas do território americano.

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