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Para desespero de Trump, livro polêmico sobre Casa Branca chega às livrarias

O presidente americano Donald Trump não conseguiu impedir a publicação de um livro sobre os bastidores da Casa Branca, lançado nos Estados Unidos nesta sexta-feira (5).  O livro "Fogo e Fúria: Dentro da Casa Branca de Trump" (em tradução livre), de Michael Wolff, estava previsto para semana que vem, mas teve seu lançamento antecipado em meio ao escândalo envolvendo o governo. 

Presidente americano não consegue impedir lançamento de livro contendo declarações polêmicas de seu ex-estrategista-chefe, Steve Bannon, sobre a Casa Branca.
Presidente americano não consegue impedir lançamento de livro contendo declarações polêmicas de seu ex-estrategista-chefe, Steve Bannon, sobre a Casa Branca. ©REUTERS/Carlos Barria
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O livro, que já tem o maior volume de compras antecipadas na Amazon, é baseado em 200 entrevistas com funcionários da "casa mais famosa do mundo" e mostra uma caótica e constante guerra interna no governo, desde que Trump chegou ao poder. 

Além disso, o livro revela detalhes que ridicularizam o presidente, como o fato de ele e a esposa, Melania Trump, dormirem em quartos separados, o medo de Trump de ser envenenado, e até mesmo a cor do cabelo do presidente americano, que seria amarelo-alaranjado porque ele não deixaria a tinta - chamada "Just for men" - agir durante o tempo necessário. 

Antes da publicação, o presidente mobilizou seus advogados para impedir que a obra chegasse às prateleiras, dizendo que ela "está cheia de mentiras" e que se baseia em fontes inexistentes. Em uma mensagem no Twitter, Trump também afirmou que não autorizou o acesso de Wolff à Casa Branca. "Nunca falei com ele para o livro," afirmou Trump.

Os advogados do presidente exigiram que o livro não fosse publicado e que o autor escrevesse uma retratação e um pedido de desculpas. 

Declarações explosivas de Bannon

Trechos do livro publicados antecipadamente esta semana causaram polêmica e levaram ao rompimento do presidente Trump com seu ex-estrategista-chefe, Steve Bannon. Depois de ter renunciado ao cargo em agosto, Bannon fez declarações explosivas à Wolff, inclusive acusando o filho mais velho do presidente, Donald Trump Jr., de ter cometido traição por manter contato com pessoas próximas do governo russo durante a campanha eleitoral americana.

Bannon afirma ainda que Ivanka Trump e seu marido, Jared Kushner, são quem realmente têm as rédeas da Casa Branca e que Trump se recusou a investir seu dinheiro pessoal na campanha - fato que provaria, talvez, que ele não queria e nem acreditava que poderia ganhar a eleição. Afirmação desmentida pela Secretária de Imprensa da Casa Branca Sarah Sanders: "É absolutamente risível pensar que alguém como esse presidente concorreria à eleição com a intenção de perder. Vocês sabem que Donald Trump é um ganhador e que ele não começa nada sem o objetivo de terminar em primeiro, de ganhar. Essa é uma das afirmações mais ridículas desse livro," afirmou Sanders. 

Em uma nota oficial, Trump afirmou que Bannon teria "perdido o juízo" desde que deixou a Casa Branca. Advogados do presidente também enviaram uma notificação legal ao ex-estrategista, avisando que ele poderia ser processado por violar o acordo de confidencialidade que assinou depois de deixar de trabalhar para Trump.  

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