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Venezuela

Maduro aponta "novo complô" da Colômbia contra seu regime

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, diz que o Exército colombiano está treinando venezuelanos para desencadear um conflito armado entre os dois países. Uma "trama conspiratória" que teria o apoio dos Estados Unidos, de acordo com Caracas.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no dia 16 de fevereiro em Caracas.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no dia 16 de fevereiro em Caracas. Miraflores Palace/Handout via REUTERS
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Maduro revelou o plano durante uma reunião ministerial transmitida pela televisão pública na sexta-feira (17). O governo da Venezuela afirma que cerca de 150 venezuelanos já foram treinados, "doutrinados pela Colômbia, incluindo elementos com experiência militar".

"Pretendem (...) utilizá-los em ataques falsos, para criar uma desculpa que o Pentágono e o Comando Sul [dos Estados Unidos] pedem para um conflito armado entre a Venezuela e a Colômbia", declarou Maduro, denunciando o suposto complô à comunidade internacional.

Ele assegurou que os supostos soldados estão "totalmente identificados" e que "serão formados no próximo 5 de março em Pamplona", no estado colombiano do Norte de Santander. Maduro disse ter "provas físicas" que seu ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, mostrará ao colega de pasta colombiano, Luis Carlos Villegas, durante uma reunião a ser agendada.

As relações entre Bogotá e Caracas estão em franca deterioração. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, chama de "ditadura" o governo de Maduro, e o culpa pelo êxodo de centenas de milhares de venezuelanos que fugiram para a Colômbia devido à crise econômica. Esta semana, Santos decidiu enviar 3 mil soldados à fronteira.

Esta não é a primeira vez que Maduro acusa a Colômbia e seu aliado, os Estados Unidos, de querer desestabilizar seu governo.

Maduro também afirmou que vai denunciar à ONU a "campanha xenofóbica" contra os venezuelanos que estão espalhados pelos países da região. Ele reconheceu que "há uma migração" forçada pelo que chamou de "guerra econômica", mas acredita que ela será "momentânea". "Quando recuperarmos a paz e a prosperidade, muitos retornarão porque a Venezuela é a Venezuela", afirmou.

Cúpula das Américas

Na quinta-feira (15), Maduro disse que mesmo não sendo convidado, ele irá à Cúpula das Américas em Lima, nos dias 13 e 14 de abril. O governo peruano advertiu que não se visita um país sem convite. Os Estados Unidos apoiaram a decisão do Peru de não convidar o líder venezuelano.

O comparecimento do presidente Donald Trump à cúpula ainda não foi anunciado.
Mas as últimas sete Cúpulas das Américas sempre contaram com o presidente dos Estados Unidos. Washington doou nesta sexta-feira equipamentos em um valor de US$ 6,7 milhões às Forças Armadas peruanas para serem usados na luta contra o tráfico de drogas.

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