Cuba se prepara para viver fim da era Castro
Cuba está se preparando para viver depois dos Castro. É um momento histórico: Fidel, e, em seguida, Raúl Castro, lideraram a ilha comunista desde a revolução de 1959. Seis décadas depois, o regime ainda está no poder, mas Raúl prepara agora sua sucessão.
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Romain Lemaresquier, enviado especial da RFI a Havana
Desde esta manhã de quarta-feira, 18 de abril, os deputados cubanos estão reunidos e deverão continuar por vários dias. Eles devem nomear várias personalidades para cargos-chave públicos, incluindo o de chefe de Estado.
Oficialmente o sucessor de Raúl Castro não deve ser nomeado antes de quinta-feira (19), mas não há muito suspense, com apenas um único candidato, Miguel Diaz-Canel.
O anúncio confirma o que se tem pensado nos últimos meses. A candidatura é lógica, nostermos da Constituição cubana. Miguel Diaz-Canel era até agora vice-presidente do Conselho de Ministros e do Conselho de Estado. Ele deveria logicamente ser nomeado Presidente da República de Cuba pelos próximos cinco anos.
Além da presidência, outras designações foram agendadas para quarta-feira. O cargo de presidente do Congresso foi atribuído a Esteban Lázaro Hernández, um afro-cubano, e uma mulher foi eleita vice-presidente do Parlamento: Ana Maria Machado. Ambos foram eleitos com 100% dos votos. Escolhas que, normalmente, não são triviais em Cuba.
Este processo de eleição e redesignação que pontua o fim do Castrismo na ilha não fascina os cubanos, que realmente não esperam mudanças, pelo menos a curto prazo.
No entanto, a retirada da vida pública de Raúl Castro é importante, marcando o fim da geração histórica da Revolução Cubana à frente do Estado.
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