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Sanções/Venezuela

Maduro expulsa diplomata dos EUA: sanções "atacam dignidade nacional"

As autoridades de Caracas denunciaram nesta terça-feira (22) a nova série de sanções anunciadas pelo Estados Unidos após a reeleição, no domingo (20), de Nicolas Maduro para a presidência venezuelana. Maduro reagiu e anunciou que Todd Robinson, o mais alto diplomata norte-americano radicado na Venezuela, seria expulso dentro de 48 horas.

Maduro após sua reeleição em Caracas, Venezuela, em 20 de maio de 2018.
Maduro após sua reeleição em Caracas, Venezuela, em 20 de maio de 2018. ©REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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"Eu o declarei persona non grata e anuncio a partida do diplomata norte-americano dentro de 48 horas ", disse o chefe de Estado venezuelano.

Nicolas Maduro não detalhou as acusações contra Todd Robinson, mas disse que a embaixada dos EUA tinha costurado uma série de contatos nas forças armadas do país, além da esfera política, e que ele estaria empenhado em mostrar rapidamente as evidências.

Contactada, a embaixada norte-americana na Venezuela não quis se pronunciar a respeito. Mas os Estados Unidos ameaçaram a Venezuela de retaliações após o anúncio da expulsão.

"Não recebemos nenhuma notificação do governo venezuelano por meio dos canais diplomáticos", disse um funcionário. Mas se o despejo foi confirmado, "os Estados Unidos poderiam tomar medidas recíprocas apropriadas", acrescentou a fonte.

Os Estados Unidos, assim como outros países, se recusam a reconhecer o resultado da eleição presidencial facilmente vencida por Maduro. Washington acredita que a eleição foi marcada por irregularidades, começando com a proibição feita a duas das principais figuras da oposição de se apresentarem no pleito.

As intenções de Washington

Na segunda-feira, Donald Trump assinou um decreto presidencial que terá
o efeito de dificultar a venda de ativos públicos pela Venezuela. Para Maduro, que já acusou o governo norte-americano de travar uma guerra econômica, estas novas sanções refletem as "verdadeiras intenções de Washington".

"A Venezuela condena mais uma vez a campanha de agressão e hostilidade do regime norte-americano que pune o povo venezuelano por exercer seu direito de voto", disse o Ministério das Relações Exteriores do país em um comunicado.

"Essas medidas arbitrárias e unilaterais são um crime contra a humanidade", conclui o documento. Além dos Estados Unidos, a União Europeia poderia, por sua vez, anunciar novas sanções contra a Venezuela.

O bloco divulgou na terça-feira uma declaração condenatória sobre as condições de organização da eleição e advertiu que consideraria a adoção de "medidas adequadas".

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