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Argentina/Israel

Seleção argentina cancela amistoso contra Israel em Jerusalém depois de protestos

O amistoso entre Argentina e Israel, previsto para este sábado (9), foi cancelado depois dos protestos contra a escolha de Jerusalém como sede da partida. Nesta quarta-feira (6), o ministro israelense da Defesa, Avigdor Lieberman criticou o cancelamento do jogo.

Lionel Messi, o capitão da seleção argentina, que decidiu não disputar o amistoso contra Israel em Jerusalém
Lionel Messi, o capitão da seleção argentina, que decidiu não disputar o amistoso contra Israel em Jerusalém REUTERS/Agustin Marcarian
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No Twitter, o ministro da Defesa israelense criticou a decisão da seleção argentina. "É uma pena que a elite do futebol argentino não tenha resistido àqueles que pregam o ódio contra Israel, cujo único objetivo é violar nosso direito fundamental à defesa e destruir nosso país”, declarou.

O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Faurie, já havia informado que "os jogadores da seleção" não queriam "disputar esta partida", a última antes da Copa do Mundo da Rússia. Eles temiam por sua segurança, depois de verem, durante o treino, alguns manifestantes vestindo camisas da seleção Argentina manchadas de sangue.

Dezenas de pessoas realizaram ontem um protesto na entrada do centro de treinamento em Barcelona, onde a seleção argentina está concentrada. A partida seria a última escala dos argentinos antes de disputar a Copa do Mundo da Rússia.

"Messi, não vá!", gritaram ao capitão argentino os manifestantes. "O próprio técnico da seleção (Jorge Sampaoli) havia pedido que não fossem mais disputadas partidas para que a equipe pudesse se concentrar no primeiro jogo na Rússia em 16 de junho, contra a Islândia, completou Faurie. A Argentina enfrentará em seguida Croácia e Nigéria pelo Grupo D da Copa.

Mudança de local

Segundo a imprensa argentina, uma mudança do local da partida em Israel chegou a ser cogitada. O amistoso poderia acontecer na cidade de Haifa, no norte do país, para acalmar os ânimos palestinos. O presidente da Federação Palestina de Futebol, Jibril Rajoub, pediu no domingo à Messi para que não atuasse na partida. O dirigente incentivou a queima da camisa do craque caso ele entre em campo em Jerusalém.

No mesmo dia, Rajoub enviou uma carta ao representante da Argentina em Ramallah, na Cisjordânia, dirigida ao governo argentino e sua federação de futebol. "Messi é um símbolo de paz e amor", disse aos jornalistas o presidente da federação palestina.

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